Economia

PIB brasileiro deve ganhar mais força no 2º trimestre, projeta JP Morgan

02 jun 2025, 11:48 - atualizado em 02 jun 2025, 11:48
pib brasil
(Imagem: Gadini/pixabay)

O JP Morgan elevou sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no segundo trimestre de 2025 (2T25) de 1,5% para 2,2%, diante de um cenário de dados “sólidos”. A alteração vem após o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgar que a atividade avançou 1,4% nos três primeiros meses do ano.

Os economistas Vinicius Moreira e Cassiana Fernandez dizem que o crescimento do mercado de trabalho e dos novos empréstimos em abril sugerem que a economia levará mais tempo para desacelerar. Os indicadores de sentimento em maio corroboram esse cenário.

A instituição projeta que a produção industrial de abril — que será divulgada nesta terça-feira (3) — cresça 0,3%, depois de uma expansão de 1,2% em março.

“Isso deve fazer com que a produção industrial registre uma taxa de crescimento acima de 4% no segundo trimestre, acima dos 0,6% do primeiro trimestre”, afirmam.

No primeiro trimestre do ano, o consumo se recuperou e subiu para 4,2%, o que parece consistente com uma recuperação no crescimento da renda disponível.

“A taxa de poupança das famílias subiu e permanece nos níveis máximos fora do período da pandemia. Isso sugere que, mesmo que o mercado de trabalho enfraqueça — algo que não ocorreu na última divulgação de abril — pode haver mais espaço para resiliência no crescimento do consumo”, dizem.

Mas, afinal, o PIB vai desacelerar?

Apesar de ajustar para cima a projeção para o PIB do segundo trimestre, o JP Morgan ainda defende que a atividade econômica deve enfrentar uma desaceleração significativa no segundo semestre de 2025.

“Prevemos que o aperto monetário — a piora dos critérios de concessão de empréstimos parece já estar acontecendo — e nossa estimativa de um impulso fiscal negativo desacelerarão a economia no segundo semestre deste ano e em 2026”, afirmam Moreira e Fernandez.

A instituição mantém inalteradas as expectativas de crescimento médio do PIB de 0,5% por trimestre no segundo semestre e de 2,3% ao final do ano.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Atua na área de macroeconomia, finanças e investimentos desde 2021.
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