PIB: Crescimento da zona do euro supera expectativas no segundo trimestre

O crescimento econômico da zona do euro foi melhor do que o esperado no segundo trimestre, sugerindo que as empresas estão se adaptando à incerteza comercial, reduzindo potencialmente a necessidade de mais cortes nas taxas de juros pelo Banco Central Europeu para estimular o bloco.
O PIB das 20 nações que compartilham o euro cresceu 0,1% no trimestre contra os três meses anteriores, em comparação com as expectativas de uma leitura inalterada, já que a Espanha, a França e a Irlanda continuaram a ter um desempenho acima das expectativas, compensando a fraqueza da Alemanha e da Itália, segundo dados do Eurostat divulgados nesta quarta-feira.
Em comparação com o segundo trimestre do ano anterior, a economia do bloco expandiu 1,4%, acima das expectativas de 1,2%.
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Embora os dados ainda indiquem uma grande desaceleração em comparação com a expansão de 0,6% no primeiro trimestre, esse número foi distorcido pelas empresas norte-americanas que anteciparam as importações antes da entrada em vigor das novas tarifas e não refletiu a força econômica real.
No entanto, quando examinados em conjunto, os dois primeiros trimestres sugerem resiliência, apoiada pela leitura mais recente do PMI, que mostrou que a atividade empresarial acelerou mais rapidamente do que o previsto diante de uma melhora sólida nos serviços e da recuperação contínua na indústria.
A Espanha continuou a brilhar, com expansão de 0,7% no trimestre, enquanto o crescimento francês de 0,3% também ficou acima da média. Enquanto isso, a Itália e a Alemanha tiveram uma retração de 0,1%, segundo os dados do Eurostat.
Os EUA também fecharam um acordo comercial com a União Europeia, reduzindo ainda mais a incerteza e aumentando as perspectivas de crescimento, especialmente porque também foram fechados acordos comerciais com outras grandes potências, incluindo o Japão e o Reino Unido.
Embora esses acordos signifiquem tarifas mais altas, o que poderia, em última análise, reduzir o crescimento da zona do euro em 0,2 a 0,4 ponto percentual em uma base anual, de acordo com as estimativas dos economistas, esse impacto já foi considerado na maioria das projeções.