Mercados

PIB dos EUA, disparada do Ibovespa (IBOV) e mais: 5 coisas para saber antes de investir nesta quarta (28)

28 fev 2024, 10:21 - atualizado em 28 fev 2024, 10:21
ibovespa
PIB dos EUA está no radar dos investidores e pode mexer com o Ibovespa (IBOV) nesta quarta (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta quarta-feira (28) em queda, recuando 0,31%, a 131.280 pontos, por volta das 10h12. Na véspera, surfando a onda dos dados da prévia de inflação no Brasil, o índice disparou e ultrapassou o patamar dos 131 mil pontos, fechando o pregão no maior nível desde o início do ano.



O dólar à vista oscilava em alta ante o real nesta quarta, em sintonia com o avanço firme da moeda norte-americana no exterior, onde investidores aguardam a divulgação do índice de inflação PCE na quinta-feira (29).

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5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta quarta (28)

PIB nos Estados Unidos

Hoje, será divulgada a segunda revisão do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos e os números já são um esquenta para o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE), que sai amanhã.

A projeção do mercado é de que o PIB do quarto trimestre irá se manter em 3,3%. Vale lembrar que, ontem, a secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, afirmou que a economia dos EUA segue forte, assim como o mercado de trabalho se manteve resiliente.

Yellen ainda disse que a inflação está desacelerando, sendo que o Federal Reserve está fazendo o seu trabalho de levar os “pré” para a meta de 2%. “Nós não estamos esperando por uma recessão”, disse Janet Yellen.

Se os números ajudarem (ou seja, economia crescendo e inflação caindo), os investidores podem revisar as suas apostas de quando o Federal Reserve dará início ao seu afrouxamento monetário.

O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, avalia que qualquer revisão positiva pode ser interpretada de forma negativa pelos investidores, enquanto números alinhados às expectativas ou marginalmente inferiores podem ser recebidos de forma positiva, especialmente considerando a proximidade do anúncio do índice de preços de gastos com consumo pessoal (PCE).

“Prevê-se uma desaceleração econômica nos EUA para 2024, apesar do consumo ainda vigoroso por parte da classe média. Independentemente do resultado, isso terá implicações diretas na postura agressiva atual em relação às taxas de juros”, pondera.

‘Vale não pode pensar que é dona do Brasil’, diz Lula

O clima de tensão aumentou entre a Vale (VALE3) e o governo, em meio à decisão do novo presidente da companhia.

Ontem, em entrevista para a RedeTV!, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que todas as empresas brasileiras precisam estar de acordo com o entendimento de desenvolvimento do governo brasileiro — e isso inclui a Vale.

“A Vale não pode pensar que ela é dona do Brasil. Ela não pode pensar que ela pode mais do que o Brasil”, afirmou o presidente. Segundo ele, a mineradora está vendendo mais ativos do que minério de ferro, chegando a perder espaço para empresas internacionais.

Depois de não conseguir emplacar o ex-ministro Guido Mantega, o governo tenta pressionar por mais um de seus indicados para a presidência da Vale, dando espaço para novos temores sobre uma eventual interferência de Lula.

Ibovespa bate 131 mil pontos

Surfando a onda dos dados da prévia de inflação no Brasil na terça-feira (27), o Ibovespa disparou e ultrapassou o patamar dos 131.000 pontos, fechando o pregão no maior nível desde o início do ano.

O analista da Empiricus Research, Matheus Spiess, destaca que investidores no Brasil acalentam a esperança de um momento decisivo para os ativos nacionais depois da prévia da inflação abaixo do esperado, mesmo diante de um cenário global que inicia o dia sob tensão.

“A expectativa gira em torno das divulgações sobre o PIB dos EUA e o índice PCE de fevereiro, este último sendo a medida de inflação preferida pelo Fed. Uma surpresa positiva nesses indicadores poderia reacender o otimismo que marcou o final do ano anterior”, destaca.

  • Rali das criptomoedas faz Bitcoin, Ethereum e altcoins decolarem: Assista ao Giro do Mercado desta terça-feira (27) e veja onde investir para aproveitar a alta no mercado cripto: 

Engie (EGIE3) lucro sobe, chega a quase R$ 1 bi no 4T23 e bate expectativas

Engie (EGIE3) lucrou R$ 948 mi no quarto trimestre de 2023, alta de 6,4% ante o mesmo período de 2022, mostra documento enviado ao mercado nesta terça-feira (27).

A cifra ficou acima do esperado pelo consenso do mercado reunido pela Bloomberg, que aguardava lucro de R$ 866 milhões. Por outro lado, o lucro ajustado caiu 9,4%, a R$ 819 milhões.

O Ebitda, que mede o resultado operacional, ficou em R$ 1,8 bi, elevação de 5,2%, enquanto a receita operacional caiu 12,6%, para R$ 2,7 bilhões.

Na avaliação de Fernando Siqueira, analista da Guide Investimentos, os números apresentados foram neutros, em linha com o esperado.

“No segmento de energia elétrica, mantemos nossa preferência por Eletrobras em função do potencial de alta maior (valuation menor) e por distribuidoras como Equatorial ou empresas integradas como CPFL”, avalia.

XP Inc. (XP) aprova programa de recompra de 2,5 milhões de ações

XP Inc (XP) anunciou ao mercado, na terça-feira (27), a aprovação do novo programa de recompra de ações. Poderão ser recompradas até 2,5 milhões de ações ordinárias no período de 28 de fevereiro a 27 de dezembro de 2024.

O objetivo é neutralizar a futura diluição acionária devido ao vesting de Unidades de Ações Restritas (RSUs) – uma forma de remuneração em ações para recompensar os funcionários da empresa – do plano de incentivo de longo prazo da companhia.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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