PIB: Economia brasileira deve desacelerar no 2T25 e manter ritmo até o final do ano

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve mostrar desaceleração no segundo trimestre de 2025, com projeção de alta de 0,3% após avanço de 1,4% nos três primeiros meses do ano. O dado oficial será divulgado na terça-feira (2), às 9h (horário de Brasília).
Segundo a XP Investimentos, a maioria dos setores perdeu fôlego, sobretudo os mais sensíveis ao crédito.
Pelo lado da oferta, a agropecuária deve recuar levemente após o salto do início do ano, ainda refletindo a safra recorde de grãos. A pecuária segue positiva, mas em ritmo menor que em 2024.
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O setor de serviços continua em expansão, com seis dos sete componentes crescendo: os destaques são transporte e armazenagem, intermediação financeira, atividades imobiliárias e serviços de informação e comunicação. Em contrapartida, outros serviçose, especialmente, o comércio enfraqueceram, puxados pelo varejo.
A indústria de transformação deve registrar o segundo recuo seguido, perto de -1%, pressionada pelos juros elevados e pelo excesso de estoques em várias cadeias.
Pelo lado da demanda, o Pine destaca a formação bruta de capital fixo (investimentos) como ponto negativo, com estimativa de queda de 2,3% – a primeira em seis trimestres.
Para consumo das famílias e gastos do governo, a expectativa é de crescimento de 0,3%.
‘Pouso suave’
A XP avalia que o cenário de “pouso suave” da economia brasileira permanece. O aperto do crédito deve continuar pesando, mas fatores compensatórios limitam a desaceleração: mercado de trabalho aquecido, salários reais em alta e transferências fiscais elevadas, como o pagamento de precatórios.
Na visão do Pine, o crescimento de 2025 ficará concentrado no primeiro semestre, com atividade mais fraca adiante por conta das condições financeiras restritivas e da incerteza global. A instituição mantém previsão de estagnação no segundo semestre.
Para o terceiro trimestre, a XP projeta alta de 0,5%, enquanto o Pine espera apenas 0,1%. Já no acumulado de 2025, as estimativas são de crescimento de 2,2% e 2,3%, respectivamente.