Economia

“PIB potencial de 1,5% é um pibinho”, diz Pérsio Arida

09 nov 2022, 11:26 - atualizado em 09 nov 2022, 11:26
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Ministério da Economia projeta uma expansão do Produto Interno Bruto em 2023 entre 1,4% e 2,9% (Imagem: Shutterstock)

O economista Pérsio Arida avalia que o Brasil tem um problema de crescimento econômico, mesmo com o Ministério da Economia projetando uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 entre 1,4% e 2,9%.

“PIB potencial de 1,5% é um pibinho”, disse em evento da Câmara de Comércio França-Brasil. Para Arida, é possível fazer melhor quando o assunto é atividade econômica e uma solução são as reformas governamentais.

Ele destaca que a reforma tributária, com adoção do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), e a abertura da economia para o comércio internacional são fatores que elevarão muito a produtividade brasileira.

“É difícil dizer se o potencial é de 3,5% ou 4%, mas não há motivo para o PIB do Brasil crescer menos que o do Chile”, afirma.

Arida está na lista do grupo técnico da transição de governo que vai tratar de economia, anunciado ontem pelo vice-presidente eleito Geraldo Alckmin, ao lado de André Lara Resende, Guilherme Mello e Nelson Barbosa.

Política monetária

O economista também elogiou a política monetária adotada pelo Banco Central para combater a inflação, destacando que isso mostra a importância de uma autoridade monetária independente.

“Foi um erro de perspectiva dos outros bancos centrais”, disse sobre a demora de outros países em subir os juros. “A América Latina foi mais agressiva na administração da política monetária, porque historicamente a inflação é mais presente”.

Em relação à alta de juros dos Estados Unidos, ele aponta que juros no patamar de 5% será insuficiente para o Federal Reserve controlar a inflação.

“A política fiscal responsável e a política de juros do Fed são os fatores que podem afetar a Selic”, afirma.

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Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora-chefe no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
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