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PIX Parcelado: Quais são as vantagens e desvantagens da modalidade?

08 abr 2022, 14:35 - atualizado em 08 abr 2022, 14:55
PIX parcelado
Com o PIX parcelado, os clientes de bancos poderão enviar o valor integral e realizar o pagamento em parcelas debitadas da conta corrente (Imagem: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

Apesar de só existir há pouco mais de um ano, o PIX já se consolidou como a alternativa mais utilizada para transações financeiras, sendo que, desde o fim de 2021, o Banco Central registra mais de 1 bilhão de transações todo mês.

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A modalidade responde por 72% das operações financeiras, considerando TED, DOC, TEC, boleto e cheque.

Recentemente, algumas instituições financeiras começaram a oferecer a modalidade de PIX parcelado.

Especialistas alertam, no entanto, que apesar dos atrativos, algumas desvantagens devem ser consideradas antes que qualquer pessoa opte por utilizá-lo.

Isso porque a novidade do PIX parcelado amplia a capacidade de compra, mas também gera riscos a médio e longo prazo, além dos juros.

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A nova modalidade se une a outras possibilidades do PIX, como o cobrança.

Como funciona o PIX parcelado?

A nova modalidade é bem simples. Quem recebe a transferência PIX, recebe o valor integral, enquanto quem enviou pode pagar as parcelas ao longo dos meses, em um formato parecido com o cartão de crédito ou empréstimo pessoal.

Desta forma, funciona como uma solicitação de “adiantamento” ao banco, que disponibiliza o valor total para a transferência e, seguindo as condições de juros e parcelas de cada instituição, o cliente paga ao longo do tempo.

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Algumas instituições já estão trabalhando com a nova modalidade, como é o caso do Santander, PicPay, MercadoPago e Digio (Banco Digital do Bradesco).

Cada instituição financeira tem a possibilidade de operar as condições do PIX parcelado da sua maneira. O Santander, por exemplo, segue as condições de contratação de crédito, permitindo parcelamento em até 24x, sujeito à juros e parcelas a partir de R$ 5.

As vantagens e desvantagens da modalidade

Ricardo Teixeira, coordenador do MBA de Gestão Financeira da Fundação Getulio Vargas (FGV), destaca que a grande vantagem é ter um crédito pré-aprovado para fazer um PIX imediatamente, mesmo que o dinheiro não esteja disponível no momento. Em contrapartida, a maior desvantagem é arcar com as parcelas de um empréstimo feito pelo banco e, consequentemente, com os seus juros.

“Por exemplo, ao fazer uma viagem, você pode pagar à vista ou em parcelas, e no parcelamento tem juros. A viagem já saiu mais cara. Então significa que algo lá na frente que você poderia comprar, você vai ter gasto [o valor] com juros. A mesma coisa vale para o PIX parcelado”, destaca Teixeira.

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Claudio Felisoni, presidente do Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo (IBEVA) e professor da Faculdade e Economia e Administração da USP (FEA-USP), lembra que a modalidade pode acabar gerando endividamentos.

“Sem dúvidas, [a alternativa do PIX parcelado] é uma vantagem adicional, mas é preciso ter muito cuidado com isso, porque facilmente as pessoas podem perder controle sobre seus orçamentos”, afirma Claudio Felisoni.

Para exemplificar, Felisoni cita o cartão de crédito e os riscos de não conseguir arcar com as parcelas: isso porque o PIX parcelado também é uma categoria de operação em que o banco disponibiliza crédito ao cliente. Ou seja, se o valor não é “pago”, esse cliente pode entrar no cheque especial com juros extremamente elevados.

Vale a pena recorrer ao PIX parcelado?

Teixeira acredita que a modalidade vale a pena se o não pagamento acarretar consequências piores. Mas é melhor evitar o PIX parcelado no dia-a-dia e para compras planejadas.

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Também vale ponderar: o PIX parcelado também vai valer a pena desde que o desconto do pagamento à vista supere o valor total que será pago levando em conta os juros.

Ou seja, Teixeira indica que a pessoa calcule quanto terá de abatimento ao fazer o pagamento à vista e quanto efetivamente terá que pagar ao banco, levando em conta os juros.

Felisoni avalia que o PIX Parcelado é uma facilidade que pode ser aproveitada, desde que se tenha um rigoroso controle sobre as despesas, visto que a dívida futura é o maior dos problemas.

Dicas para evitar apertos financeiros

Para evitar apertos financeiros, Ricardo Teixeira destacou que não utilizar o PIX parcelado constantemente é fundamental, utilizando como critérios emergências que exijam o pagamento imediato e situações em que valerá a pena.

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No mais, destaca que toda decisão financeira deve ser feita com base na análise dos prós e contras da situação em sua totalidade.

“A melhor recomendação possível que eu posso dar é viver de acordo com o dinheiro que você tem, não se endividando, não empurrando para o futuro obrigações para conseguir algo hoje”, explica.

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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