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Poder de compra de adubos piora em abril com incerteza sobre oferta, diz Mosaic

16 maio 2022, 15:46 - atualizado em 16 maio 2022, 15:46
Fertilizantes
O IPCF é divulgado mensalmente e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas (Imagem: REUTERS/Pascal Rossignol)

O Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), calculado pela companhia do setor Mosaic, fechou o mês de abril em 1,87 ponto, um aumento ante a média de 1,56 vista em março, que mostra uma piora na capacidade de aquisição do insumo pelos agricultores, conforme análise divulgada nesta segunda-feira.

“O preço médio dos adubos subiu durante o período, puxado principalmente pelos riscos à matriz de abastecimento, atrelados ao conflito entre Rússia e Ucrânia, sanções à Belarus e restrições de fornecimento de fertilizante chinês; um cenário sem precedente na história”, disse a empresa em nota.

O IPCF é divulgado mensalmente e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes e de commodities agrícolas.

Um resultado menor que 1,0 aponta que os fertilizantes estão mais acessíveis do que no mesmo período em 2017, início da série histórica. Já a média acima de 1,0 significa que os adubos estão menos acessíveis.

O cálculo do indicador leva em consideração as principais lavouras brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão.

“Em abril, o término da colheita da soja no Brasil e a expectativa de aumento da área plantada nos Estados Unidos provocou queda no indicador de commodities”, afirmou.

“No período, o índice também foi impactado pelo estímulo ao aumento do consumo do etanol de cana-de-açúcar nos Estados Unidos, consequência da decisão de aumentar o teor de etanol na gasolina durante o verão para reduzir o preço final ao consumidor. O algodão também merece destaque devido ao ritmo desacelerado do plantio nas lavouras norte-americanas.”

Ainda de acordo com o levantamento, outro ponto de atenção para o período refere-se à China, maior consumidora de grãos, devido aos lockdowns contra a Covid-19, o que desacelera a demanda doméstica e, consequentemente, pode influenciar o mercado brasileiro.

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