Polícia Federal prende 8 suspeitos de ataque hacker ao Pix

A Polícia Federal prendeu em flagrante na última sexta-feira (12) oito integrantes de uma organização criminosa responsável por ataques hackers contra o sistema financeiro nacional.
O grupo é suspeito de praticar fraudes bancárias contra instituições financeiras utilizando acessos indevidos de contas de liquidação junto ao Banco Central, as chamadas contas de reserva bancária, na tentativa de roubo através do sistema PIX.
As prisões em flagrante foram convertidas em preventivas e os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa e tentativa de furto qualificado por meio eletrônico.
As investigações prosseguem para identificar outros envolvidos.
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Casos de ataques hacker ao sistema financeiro nacional
Voltando alguns passos, o primeiro caso de ataque hacker aconteceu com a C&M Software, em 2 de julho deste ano.
Um operador de TI foi preso e confessou facilitar o acesso dos criminosos, que teriam desviado pelo menos R$ 542 milhões da instituição BMP — valor que a polícia chamou de o maior já roubado no país — e uma conta com R$ 270 milhões foi bloqueada.
Na sequência, em 30 de agosto, um novo ataque envolvendo a Sinqia atingiu sistemas usados por clientes como o HSBC, e reportagens da época indicaram desvios da ordem de R$ 400 milhões.
A Sinqia confirmou o incidente, disse que afeta apenas o ambiente Pix e que já investiga o caso com forenses, enquanto o HSBC afirmou que contas de clientes não foram impactadas e que medidas foram tomadas para bloquear transações no provedor. A Sinqia também informou que está reconstruindo os sistemas afetados em um novo ambiente com controles mais rígidos.
Esses episódios expõem um risco sistêmico crescente: atacam fornecedores e infraestruturas compartilhadas, exigindo controles mais fortes e resposta coordenada entre bancos, provedores e reguladores.