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Por que a Oi derrete na Bolsa, após ofertas por área de fibra óptica? E quanto ainda pode cair?

26 jan 2021, 15:36 - atualizado em 26 jan 2021, 23:05
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Negócio caro e arriscado: para a Guide, falta de interesse pela área de fibra óptica da Oi reflete percepção do mercado (Imagem: REUTERS/Nacho Doce)

As ações da Oi (OIBR3) operam em forte queda nesta terça-feira (26), no primeiro pregão após o anúncio de que recebeu duas propostas vinculantes para vender sua unidade de fibra óptica – o último grande passo para tirá-la da recuperação judicial.

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Às 14h56, os papéis da Oi recuavam 5% e eram negociados por R$ 2,09. No mesmo momento, o Ibovespa, que vive um pregão de ganhos e perdas hoje, apresentava ligeira alta de 0,12% e marcava 117.523 pontos.

À primeira vista, seria possível pensar que o tombo da operadora, hoje, apenas confirma a velha regra de que os investidores compram ações no boato e as vendem na consumação do fato.

Seria verdade, se a empresa viesse de uma semana de alta. Mas, depois de acumular ganhos de 13,6% até o dia 14, chegando à maior cotação de janeiro até agora (R$ 2,50), o papel mergulhou numa queda livre que zerou os ganhos em 21 de janeiro e já está abaixo do início do ano.

Pulgas atrás da orelha

Em um breve comentário aos clientes assinado por Luis Sales, nesta manhã, a Guide fornece algumas pistas sobre o que pode estar se passando no mercado. A primeira dica é que os investidores podem ter se frustrado com a falta de disputa pelo negócio de fibras ópticas da Oi.

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“Era esperado uma série de ofertas pelo ativo, no entanto, fontes afirmam que o preço considerado alto pelos investidores pode ter impedido isto de ocorrer”, afirma a Guide. Apenas dois interessados se apresentaram: o BTG Pactual (BPAC11), por meio de um fundo de investimento em participações, e a Digital Colony, empresa de private equity.

Os riscos regulatórios envolvidos no negócio também podem contribuir para a surra que a Oi toma hoje na Bolsa. Como se sabe, o maior ativo da empresa à venda é a sua rede de fibras ópticas.

Ocorre que, sendo uma concessão pública, há dúvidas sobre os chamados bens reversíveis – aqueles que a Oi deveria devolver à União, caso desistisse de operar. Para alguns advogados e analistas, não está claro, se o governo pode reivindicar a propriedade da rede de fibras ópticas como um bem reversível, ou se ela pertence, de fato, à Oi, que poderá vendê-la sem empecilhos.

Onde fica o chão?

De qualquer modo, há uma questão bem mais urgente para quem possui ações da Oi: quanto ela ainda pode cair. A resposta não é promissora. Segundo a equipe de grafistas da Ágora Investimentos, o primeiro suporte da ação, R$ 2,14, já foi rompido.

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O papel está, neste instante, sobre o segundo suporte: R$ 2,09. Se perder essa sustentação, o escorregão o levará para R$ 2,04, de acordo com a Ágora.

 

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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