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BRF: Um trimestre só não enche a barriga

10 nov 2017, 17:26 - atualizado em 10 nov 2017, 17:34

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As ações da BRF (BRFS3) chegaram a cair 5,6% nesta sexta-feira (10) após a apresentação dos resultados do terceiro trimestre. Além de acompanhar o mau humor das bolsas internacionais, cujo reflexo aqui pressiona o Ibovespa a uma queda maior de 1%, os investidores pegaram no pé de alguns detalhes do balanço da fabricante alimentos.

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À primeira vista, quem olhou para os números da empresa ontem à noite ficou animado e não foram poucos os que projetaram um dia arrasador. De fato, a BRF trouxe importantes melhorias. O operacional avançou com menores custos de grãos, maior participação de mercado e dinâmica competitiva mais favorável na África, Ásia e Europa, como pontuou o Credit Suisse.

BRF anotou um lucro líquido de R$ 137,6 milhões, alta de 666% sobre o mesmo período do ano anterior, de R$ 18 milhões, em função dos melhores resultados operacionais e financeiros, estes positivamente impactados pela adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT).

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Ponto de virada

“O resultado do terceiro trimestre marca um novo momento para a BRF, que recuperou o momento positivo para os lucros”, escreveram os analistas Victor Saragiotto e Ian Miller, do Credit Suisse. O banco tem a recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado), com um preço-alvo de R$ 37.

A geração de caixa (Ebitda) de R$ 1,047 bilhão, aumento de 21% em relação ao ano anterior, abriu espaço para a redução da alavancagem financeira. “Dessa maneira, o resultado reforça nossa visão de que uma tendência operacional positiva após esse trimestre deva se propagar para os próximos períodos e trazer ganhos de marketshare para a BRF”, afirmou o analista Ronaldo Kasinsky, do Santander, que recomenda a compra com preço-alvo de R$ 56.

Quase lá

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Já o BTG Pactual, que recomenda a compra e tem um preço-alvo de R$ 54, ressalta que após mudanças na administração (um novo CEO ainda será anunciado para o ano que vem) e alguns contratempos de estratégia, uma reavaliação completa só se dará após a BRF entregar um ritmo mais sustentável de crescimento.

“Então, estamos ansiosos para ouvir mais sobre a estratégia da nova administração, incluindo o lançamento de uma nova marca no próximo ano”, apontam os analistas Thiago Duarte e Vito Ferreira.

Ou seja, na visão dos analistas consultados pelo Money Times, não é que o resultado foi ruim, mas os investidores precisam de mais clareza sobre o futuro após a companhia começar a sair do que foi chamado de “tempestade perfeita” criada pela Carne Fraca, embargos e preços de commodities agrícolas em alta.

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Fundador do Money Times | Editor
Fundador do Money Times. Antes, foi repórter de O Financista, Editor e colunista de Exame.com, repórter do Brasil Econômico, Invest News e InfoMoney.
gustavo.kahil@moneytimes.com.br
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