Comprar ou vender?

Por que as ações da C&A são fashion, segundo o BTG Pactual

03 dez 2019, 14:12 - atualizado em 03 dez 2019, 14:12
Modelos da C&A
(Imagem: Divulgação/C&A/Facebook)

O BTG Pactual iniciou a cobertura da C&A (CEAB3), uma das maiores redes de moda do Brasil, com uma visão bastante otimista da empresa. Sua recomendação é de compra, e o preço-alvo para 2020 foi determinado em R$ 23. O valor representa um potencial de valorização de 34% sobre o preço de R$ 17,15 em que a análise se baseou.

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“Por mais de 40 anos, a empresa tem sido uma das poucas redes estrangeiras de moda a fazer negócios bem-sucedidos aqui”, afirma o relatório assinado pelos analistas Luiz Guanais e Gabriel Savi. A dupla lembra que a empresa viveu uma reestruturação recente e queda nas primeiras linhas do balanço, mas, agora, “vem melhorando sua execução e lançou os pilares para se expandir no Brasil.”

O BTG Pactual sustenta sua visão positiva em alguns fatores, como uma extensa rede de 283 lojas, visibilidade da marca junto aos consumidores e os resultados positivos da reestruturação iniciada em 2015.

O banco afirma, ainda, que tudo isso permitiria que a C&A alcançasse os principais concorrentes em alguns anos, seja no número de lojas físicas, seja no segmento de serviços financeiros, no qual mantém uma joint-venture com o Bradesco (BBDC4) para a emissão de cartões de crédito que já conta com mais de 5 milhões de clientes ativos e uma carteira de R$ 3 bilhões.

Resistência

Fundada na Holanda em 1841, a C&A chegou ao Brasil em 1976. Apesar de todos os altos e baixos da economia local, transformou-se na segunda maior rede de varejo de roupas do país, com cerca de 5% de participação de mercado, segundo o BTG Pactual. A Lojas Renner (LREN3) lidera o setor, com cerca de 7% de share.

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Os analistas lembram que o histórico de atuação, no Brasil, de marcas estrangeiras de vestuário é negativo. Por isso, a resiliência da C&A é um de seus méritos. “Vemos, sobretudo, histórias de fracasso de varejistas internacionais, por isso a C&A é uma exceção, ao desenvolver uma marca forte nas décadas recentes”, afirma o relatório.

Participação de mercado das varejistas de vestuários no Brasil

participação de mercado das lojas de roupa
(Fonte: BTG Pactual)

A autonomia da subsidiária brasileira para desenvolver suas próprias coleções, adequando-as ao gosto local, a capacidade de oferecer peças que estão na moda a preços atrativos e o forte investimento em marketing são alguns motivos listados pelo BTG Pactual para a longevidade da C&A no país.

Por último, o potencial de expansão da empresa no e-commerce não poderia faltar. Como todos os varejistas, a C&A também precisa mostrar ao mercado qual é a sua proposta para esse canal de vendas. Neste sentido, o BTG Pactual observa que a participação das vendas online ainda é muito pequena, representando apenas 2% da receita da empresa no Brasil.

Os analistas lembram que a disputa no mercado de e-commerce se concentra em gigantes como a B2W (BTOW3), o Mercado Livre e o Magazine Luiza (MGLU3), mas destacam que ainda há espaço para competidores de nicho – caso do segmento de roupas. “No caso da C&A, enxergamos a empresa com uma proposta de valor atraente, baseada em sua extensa rede de lojas para criar uma experiência multicanal para os consumidores”, afirma.

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O BTG Pactual não está sozinho no otimismo com a C&A. Recentemente, a Bloomberg informou que a Verde Asset, uma das mais respeitadas gestoras do país, também aposta no papel desde o começo do ano, quando houve o seu IPO.

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Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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