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Investimentos

Retorno não é mais ‘rei’ para investidor

22 out 2025, 17:38 - atualizado em 22 out 2025, 17:43
Celular e computador
O investidor passou a considerar não apenas o produto, mas o processo que o sustenta (Imagem: Canva Pro)

O comportamento do investidor brasileiro tem se transformado de forma consistente nos últimos anos. A adesão automática a tendências de mercado, antes predominante, vem cedendo espaço a uma postura mais analítica e criteriosa.

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O investidor passou a exigir não apenas retorno, mas compreensão sobre a estrutura das operações em que aloca recursos. Essa mudança é muito positiva e mostra uma maturidade do mercado para a pessoa física.

Além disso, tem implicações diretas na forma como plataformas de investimento em ativos alternativos se posicionam, especialmente no segmento voltado a investidores de alta renda.

O ambiente de juros elevados e os episódios recentes envolvendo grandes empresas do mercado de crédito privado contribuíram para esse amadurecimento.

A percepção de risco deixou de ser limitada à volatilidade de preços e passou a incluir aspectos como governança, diligência jurídica e origem dos ativos.

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O investidor passou a considerar não apenas o produto, mas o processo que o sustenta.

Nesse contexto, o segmento private ganha relevância. A personalização das estruturas, o acompanhamento técnico e a transparência na originação tornam-se elementos centrais na decisão de alocação.

O investidor busca previsibilidade, proteção e alinhamento de interesses. Ele quer entender os fluxos, validar os riscos e participar da construção da operação.

A relação com a plataforma deixa de ser transacional e passa a ser consultiva.

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As plataformas que atuam com ativos alternativos têm respondido a essa demanda com modelos que priorizam a estrutura sob medida. A alocação passa a considerar limites de exposição por setor, risco e liquidez.

Os relatórios são personalizados, os comitês de acompanhamento são dedicados e o investidor tem acesso direto aos responsáveis pela originação. A governança é reforçada com revisão independente e modelagem jurídica adaptada ao perfil de cada carteira.

Essa abordagem permite atuar em nichos pouco explorados pelo sistema bancário tradicional, como créditos judiciais, recebíveis empresariais e participações estruturadas.

A lógica é ampliar a descorrelação em relação aos ativos convencionais, reduzir a volatilidade e preservar o retorno real. A estrutura da operação é desenhada para fazer sentido dentro do portfólio global do investidor, respeitando seus objetivos e restrições.

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A internacionalização também se insere nesse movimento. A oferta de ativos dolarizados, como crédito privado em mercados industriais e fundos especializados em tecnologia, reforça a tese de diversificação.

O investidor busca exposição a setores e geografias distintas, com estruturas que ofereçam assimetrias claras e prazos compatíveis com sua estratégia patrimonial.

Ou seja, o segmento private deixa de ser apenas uma faixa de ticket elevado e passa a representar uma demanda por sofisticação estrutural.

O investidor não tolera mais produtos padronizados. Ele quer entender a origem da operação, os mecanismos de proteção e o racional por trás da remuneração. A estrutura precisa ser defensável, transparente e alinhada.

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Essa mudança cultural exige das plataformas uma revisão de processos, uma ampliação da capacidade técnica e uma disposição para construir soluções individualizadas.

O investidor não busca apenas retorno, mas coerência.

A estrutura tem de fazer sentido — e é isso que define a confiança e a longevidade da relação entre plataforma e investidor.

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CEO e fundador da Hurst Capital
Arthur Farache é CEO e cofundador da Hurst Capital, maior plataforma de ativos alternativos da América Latina. Farache conta com 20 anos de experiência em instituições financeiras internacionais e escritórios de advocacia (Citi e Machado Meyer). Empreendedor nato, criou diversas fintechs, inclusive a Desfixa - Renda Fixa, vendida em 2017. Formado em direito, estudou no Insper, Unifor, USP e na Harvard Business School.
arthur.farache@autor.www.moneytimes.com.br
Arthur Farache é CEO e cofundador da Hurst Capital, maior plataforma de ativos alternativos da América Latina. Farache conta com 20 anos de experiência em instituições financeiras internacionais e escritórios de advocacia (Citi e Machado Meyer). Empreendedor nato, criou diversas fintechs, inclusive a Desfixa - Renda Fixa, vendida em 2017. Formado em direito, estudou no Insper, Unifor, USP e na Harvard Business School.
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