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Por que é hora de comprar Gerdau, segundo o BTG Pactual

25 nov 2019, 16:49 - atualizado em 25 nov 2019, 16:49
Gerdau
Reajuste bem-vindo: para analistas, Gerdau acertou ao aumentar a tabela no Brasil ( Imagem: Divulgação/Gerdau/Facebook)

O reajuste de preços promovido pela Gerdau (GGBR4) nos últimos dias, de 8% a 12%, colocará a siderúrgica no caminho certo para ganhar duplamente no mercado de aços longos em 2020, segundo o BTG Pactual. Primeiro, porque, diferentemente dos últimos anos, o mercado de construção, principal comprador de aços longos, voltou a crescer, o que significa que o aumento não afugentará clientes.

“Enquanto a recuperação [da construção] está apenas no início (os embarques de aços longos subiram ‘somente’ 4% a/a em outubro, acreditamos que essa tendência acelerará substancialmente”, afirma o BTG.

“Estamos convencidos de que a recuperação do mercado de construção continuará por anos.” Assim, o banco aposta que as vendas de aços longos devem subir num ritmo mais intenso que as de aços planos em 2020.

O segundo motivo é que a alta de preços, conjugada com o maior volume de vendas, representará uma forte geração de caixa para a Gerdau. O BTG Pactual estima que o ebitda da companhia pode alcançar R$ 7 bilhões no próximo ano, ante os R$ 6,4 bilhões estimados para 2019.

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Com mais caixa, a siderúrgica tende a gerar mais dinheiro para os acionistas. O BTG projeta um FCF (fluxo livre de caixa, na sigla em inglês) ao redor de 10% nos próximos meses, mesmo com o aumento dos gastos e investimentos. Essas condições permitiriam, segundo o banco, um aumento dos dividendos.

Dadas as perspectivas, o BTG Pactual acredita que é hora de os investidores considerarem seriamente as ações da Gerdau. “Ainda vemos um bom ponto de entrada para a ação, negociada a aproximadamente 5x EV/Ebitda 20.”, afirma o banco. Segundo a instituição, o mercado estaria “excessivamente conservador” em relação aos ganhos da siderúrgica no ano que vem.

Por isso, o banco reforça sua recomendação de compra dos papéis, incluindo-os no seu top pick. O preço-alvo para os próximos 12 meses é de R$ 19 por ação. Os investidores parecem concordar. Por volta das 16h40, as ações subiam 2,34% e eram negociadas a R$ 17,07. Em contraste, o Ibovespa recuava 0,24%, marcando 108.431 pontos.

Diretor de Redação do Money Times
Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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Ingressou no Money Times em 2019, tendo atuado como repórter e editor. Formado em Jornalismo pela ECA/USP em 2000, é mestre em Ciência Política pela FLCH/USP e possui MBA em Derivativos e Informações Econômicas pela FIA/BM&F Bovespa. Iniciou na grande imprensa em 2000, como repórter no InvestNews da Gazeta Mercantil. Desde então, escreveu sobre economia, política, negócios e finanças para a Agência Estado, Exame.com, IstoÉ Dinheiro e O Financista, entre outros.
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