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Por que o Magazine Luiza (MGLU3) teve o pior prejuízo desde IPO, em 2011

15 maio 2023, 23:42 - atualizado em 16 maio 2023, 0:17
Magazine Luiza
Mesmo com a piora de 161% no prejuízo, a XP afirma que os números vieram dentro do esperado (Imagem: Money Times/Renan Dantas)

O Magazine Luiza (MGLU3) reportou o maior prejuízo (R$ 391 milhões) desde que realizou sua oferta pública de ações (IPO) em 2011, mostra levantamento realizado pelo TradeMap a pedido do Money Times. Até então, a marca negativa era do terceiro trimestre de 2022, quando a empresa reportou prejuízo de R$ 166 milhões.

Mesmo com a piora de 161% na cifra, a XP afirma que os números vieram dentro do esperado. Os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Thiago Suedt destacam que a alta da Selic, que hoje está a 13,75%, somada à antecipação acelerada de recebíveis de cartão de crédito fizeram com que as despesas financeiras disparassem.

Além disso, a empresa queimou o caixa em R$ 3,2 bilhões, embora tenha melhorado em R$ 416 milhões em relação ao ano anterior, já que a linha de fornecedores mais do que compensou a deterioração na dinâmica de estoques.

A XP destaca ainda três pontos:

  • a empresa anunciou oficialmente mudanças na diretoria, com Carlos Mauad assumindo a fintech, Júlio Trajano assumindo a KaBum e Graciela Kumruian assumindo a Netshoes;
  • o Magalu forneceu mais detalhes sobre suas metas estratégicas, incluindo a recuperação da rentabilidade histórica do 1P (vendas próprias), a expansão do fulfillment para outras regiões em 2023 e a otimização do número de softwares diferentes usados pelo ecossistema da empresa;
  •  as taxas de inadimplência do LuizaCred pioraram tanto em relação ao trimestre anterior quanto em relação ao ano anterior, com a inadimplência over 90 aumentando 4 pontos percentuais em relação ao ano anterior e 0,4 ponto percentual em relação ao trimestre.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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