Moedas

Por que o dólar cai enquanto as moedas da América Latina (incluindo o real) ganham força?

29 ago 2023, 15:06 - atualizado em 29 ago 2023, 15:13
Dólar
Dólar: apesar da queda na base anual, alguns gatilhos impulsionam a busca pela moeda norte-americana (Imagem: Pixabay/frycyk01)dóla

As moedas do México e da Colômbia acumulam uma valorização expressiva até este momento de 2023. De acordo com o histórico dos pesos no Investing em relação ao dólar, os ganhos são de, respectivamente, 15,9% e 17,8%. Na outra ponta, o dólar acumula desvalorização de 7,3% até agora frente ao real.

Kelly Gallego Massaro, presidente executiva da Associação Brasileira de Câmbio (Abracam), explica que, neste ano, a fraqueza global do dólar tem incentivado investimentos estrangeiros em países emergentes, daí a valorização do peso mexicano, colombiano e também do real.

  • Como construir patrimônio em dólar? Estratégia de investimento desenvolvida por físico da USP possibilita lucros na moeda americana; conheça aqui

De acordo com Massaro, fatores domésticos também pesam nesses movimentos. Segundo ela, no México, a retomada do turismo aumentou a demanda pela moeda local. Já a Colômbia teve melhora na balança comercial, com avanço das exportações de petróleo e minério de ferro.

“No caso do real, o diferencial de juros em relação aos Estados Unidos ainda é grande, apesar da tendência de queda da taxa Selic, e tivemos melhora nas perspectivas conjunturais com o andamento da reforma fiscal”, avalia.

Dólar: os gatilhos para a moeda disparar

Apesar da queda na base anual, alguns gatilhos impulsionam a busca pelo dólar, como a cotação estando abaixo de R$ 5 desde abril e as férias de julho, que corroboraram pela demanda alta da moeda norte-americana.

Segundo um levantamento da Travelex Confidence, a procura pela divisa americana disparou 44% em julho, na comparação com o mesmo período de 2022.

Em contrapartida, a venda de dólar recuou 7% ante junho. No entanto, a demanda cresceu no comparativo com maio deste ano, com avanço de 28%. Em relação a maio de 2022, a venda de dólar foi 58% maior.

*Com Flavya Pereira

Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
Linkedin
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.