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Por que o Ibovespa desaba nesta Super Quarta?

01 fev 2023, 13:21 - atualizado em 01 fev 2023, 22:07
Ibovespa
Para Victor Benndorf, da corretora que leve o seu nome, o Ibovespa faz movimento de realização de lucros após encerrar o mês de janeiro com alta de 3% (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

O Ibovespa tem dia de forte queda nesta super quarta-feira (1º) de decisão do Copom, que se reúne para definir os rumos dos juros, e do Fomc, nos Estados Unidos. Em Wall Street:

Os índices de ações de Wall Street abriram em queda nesta quarta-feira, com os investidores aguardando cautelosamente a decisão do Federal Reserve sobre sua taxa de juros mais tarde, enquanto a fabricante de chips Advanced Micro Devices subia após a divulgação de uma perspectiva otimista.

Para Victor Benndorf, da casa de análise que leve o seu nome, o Ibovespa faz movimento de realização de lucros após encerrar o mês de janeiro com alta de 3%.

“Mercado lá fora andou bem nessas duas frentes e já precificou parte da recuperação esperada”, discorre.

Já Leonardo Santana, analista da Top Gain Research, diz que as commodities puxam o índice, com Vale (VALE3) caindo após reportar resultados fracos, além do preço do petróleo que leva a Petrobras (PETR4) a operar no vermelho.

O minério de ferro, termômetro das mineradoras brasileiras, teve leve queda de 0,29% na bolsa de commodities de Dalian na China, a 870,50 yuans a tonelada métrica.

Outras ações de mineradoras também tinham desempenho negativo. A Gerdau (GGBR4) perdia 2,6% e a Metalúrgica Gerdau (GOAU4) recuava 3,7%.

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Dia de Copom

Após o fechamento, o Comitê de Política Monetária (Copom) anuncia, após o fechamento do mercado local, a primeira decisão do ano sobre a Selic e não se espera nenhuma surpresa. A expectativa do mercado é de que o Banco Central mantenha a taxa de juros em 13,75%.

“Apesar de um arrefecimento nos níveis de inflação, o risco com os gastos públicos segue no radar enquanto o governo não sinaliza nenhum esforço efetivo com o compromisso fiscal”, destaca Caio Canez de Castro, sócio da GT Capital.

Já Ricardo Jorge, especialista em renda fixa e sócio da Quantzed, aponta que a inflação parece estar chegando a um ponto de inflexão, por mais que existam várias dúvidas, principalmente em relação à desoneração de combustíveis. “De maneira geral, o comportamento dos preços tem sido mais benéfico do que se esperava há um tempo”, afirma.

Benndorf avalia que o Copom não irá mexer nos juros, mas fica a atenção com o comunicado que deve ressaltar riscos negativos com aumento de gastos (sem ter contraponto em receitas) e aumento da inflação no curto prazo.

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Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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