BusinessTimes

Por que os resultados da Cosan vieram tão fracos? O Credit Suisse aponta um culpado

11 ago 2020, 20:09 - atualizado em 11 ago 2020, 20:09
Cosan
A surpresa negativa não alterou as expectativas do Credit Suisse para os próximos resultados (Imagem: Facebook/Cosan)

O balanço do segundo trimestre apresentado pela Cosan (CSAN3) foi incomum e não representa os níveis normalizados da companhia, disse o Credit Suisse.

Ainda assim, é difícil ignorar o fato de que os números vieram muito abaixo do esperado. Mas o que ocasionou a queda expressiva do lucro líquido (que virou prejuízo) e do Ebitda? Regis Cardoso, autor do relatório divulgado pelo banco e obtido pelo Money Times, levantou uma hipótese:

“As perdas de estoque e as deseconomias de escala são certamente parte da resposta, mas nós acreditamos que houve algo específico com a Raízen durante o trimestre”, disse o analista.

A surpresa negativa não alterou as expectativas do Credit Suisse para os próximos resultados.

“Não esperamos que as outras distribuidoras divulguem margens tão baixas nem esperamos que uma performance dessas se repita nos próximos trimestres, já que a mobilidade foi retomada e os preços se recuperaram”, afirmou Cardoso.

O banco manteve a recomendação neutra da ação, com preço-alvo de R$ 80 para os próximos 12 meses.

Unidades de negócios

No relatório dos dados financeiros, a Cosan confirmou que a Raízen Combustíveis foi a mais afetada pela pandemia de covid-19. O Ebitda ajustado consolidado (incluindo as operações do Brasil e da Argentina) ficou negativo em R$ 213 milhões.

No caso da Raízen Energia o Ebitda ajustado contraiu 18%, em linha com a estratégia de comercialização para a safra 2020/2021.

Compass Gás e Energia sentiu o impacto da queda na demanda por gás natural e encerrou junho com Ebitda ajustado de R$ 474 milhões. A Moove, por sua vez, apresentou um Ebitda de R$ 45 milhões, resultado 43% menor no comparativo anual.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
Linkedin
Giro da Semana

Receba as principais notícias e recomendações de investimento diretamente no seu e-mail. Tudo 100% gratuito. Inscreva-se no botão abaixo:

*Ao clicar no botão você autoriza o Money Times a utilizar os dados fornecidos para encaminhar conteúdos informativos e publicitários.