Coluna do Market Makers

Por que ouvir o episódio #69 do Market Makers

03 nov 2023, 11:22 - atualizado em 03 nov 2023, 11:22

Além da ótima performance em 2023, os dois convidados do episódio #69 do Market Makers tem outra coisa em comum: dificuldade em ter uma visão estrutural do Brasil para o longo prazo.

Segundo os dois, num país em constante desequilíbrio, político e econômico, as oportunidades vêm e vão rapidamente, o que é bom para gestores com expertise em trading — mas péssimo para a macroeconomia do país.

Após um período de certo otimismo do mercado com Brasil, a última sexta-feira, com declarações do presidente Lula na direção oposta à busca por equilíbrio fiscal, relembrou os esquecidos que isso aqui não é para amadores.

E foi exatamente sobre essas questões que conversamos com Bruno Magalhães, gestor do Sterna Total Return, e Carlos Carvalho, gestor do Kinitro 30, gestores multimercados que estão no seleto grupo dos “vencedores do CDI” em 2023.

Se você ainda não ouviu o ep. #69, aqui vão 4 bons motivos para escutar ainda hoje:

1. 60 anos de experiência no mercado: Carlos Carvalho tem 34 anos de mercado, aqui e no exterior. Fundou a Kinitro em 2021. Já o Bruno Magalhães tem 26 anos de mercado, sendo 19 deles trabalhando fora do Brasil ou em algum hedge fund global. Fundou a Sterna Capital também em 2021. Aliás, o fundo principal de cada um deles tem a mesma idade: 27 meses;

2. Os poucos multimercados “vencedores” em 2023: A despeito do ano terrível dos fundos multimercados (é o pior resultado da classe em relação ao CDI desde 2008, tomando como base o IHFA, o índice de Hedge Funds da Anbima), os fundos do Carlos e do Bruno estão batendo com relativa folga o temível CDI: o Kinitro 30 está com ganhos de 14%, enquanto o Sterna Total Return tem rentabilidade de 16,4%, contra 11% do CDI;

3. O jeito Carlos e o jeito Bruno de investir: Cada um deles têm suas peculiaridades, mas uma coisa em comum foi perceptível: eles evitam de todo modo seguir o consenso do mercado. E fazem isso monitorando e estimando o que há na carteira de cada um dos grandes fundos multimercados da indústria, utilizando cálculos matemáticos com base nas informações públicas disponibilizadas na CVM.

4. Estamos entrando na 3ª narrativa do mercado – e ela não é boa para o Brasil: Tivemos a primeira narrativa pós-eleição com aquele discurso bem preocupante do Lula e a segunda narrativa quando surgiu o arcabouço fiscal e tirou o risco de cauda da nossa economia. Agora, com as falas da sexta-feira passada do presidente sobre manter os gastos mesmo que isso extrapole a meta fiscal do Brasil, podemos ter entrado em uma 3ª narrativa, que muito se assemelha ao “Velho Brasil” de sempre.

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