Market Makers

Por que setor elétrico pode passar por nova crise, segundo este gestor com 40 anos de estrada

10 jul 2023, 17:21 - atualizado em 10 jul 2023, 17:30

O gestor Guilherme Affonso Ferreira, com mais de 40 anos de estrada, foi o mais novo entrevistado do podcast Market Makers. Seu primeiro investimento na Bolsa se deu ainda nos anos 1980, quando adquiriu ações do Unibanco, tendo passado pelo conselho de empresas como Petrobras (PETR4), entre 2015 e 2018, quando a petroleira sofreu denúncias de corrupção.

No episódio, além das lições aprendidas nesse meio tempo, Ferreira falou sobre as teses das nove ações que compõem sua carteira, dentre elas duas elétricas.

De acordo com o convidado, o setor reserva boas oportunidade e nunca se recuperou o suficiente desde a gestão de Dilma Rousseff. À época, a presidente promulgou a medida 579, que trouxe graves consequências às empresas ao abaixar o preço da conta de energia ‘na marra’.

Mesmo assim, Ferreira vê uma nova crise no sistema elétrico devido ao descasamento entre oferta de energia e demanda.

“Como a geração hidrelétrica no Brasil está no fim da expansão, enquanto a demanda por energia ainda vai crescer muito, precisará ver quem vai se adaptar aos novos tempos de energia no Brasil”, coloca. Na visão do gestor, a energia a gás está bem posicionada para capturar esses ganhos.

Apesar disso, Ferreira tirou Eneva (ENEV3), empresa cuja a principal fonte é o gás, da carteira por causa do seu preço esticado.

“O que se falava era que a nova matriz energética brasileira terá muito mais gás do que hoje. Obviamente que terá eólica e solar, mas essas duas não completam a matriz energética brasileira em tempo. Sessenta bilhões de metros cúbicos de gás estão enterrados nos poços do pré-sal. E isso vai começar a chegar”, discorre.

Duas ações de elétricas

O investidor explica que diminuiu a exposição em Energisa (ENGI11) para comprar Neoenergia (NEOE3).

Ouça o episódio na íntegra: 

“Ambas têm geração como uma parte importante, só que na Energisa a distribuição é mais importante. Possuem mesmo defeitos, que é uma intervenção estatal grande, mas (até o momento, isso) não ocorreu. É um setor que as empresa valem pela qualidade da sua gestão”, completa.

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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