Possível corte de juros após PIB melhora visão dos investidores sobre o Brasil, avalia analista
O PIB brasileiro cresceu 0,1% no terceiro trimestre de 2025, segundo o IBGE — resultado que confirma a desaceleração da atividade após meses de perda de tração. A perspectiva melhora para o corte de juros, o que tem impulsionado os ativos de risco neste final de ano.
No Giro do Mercado desta quinta-feira (4), a apresentadora Paula Comassetto recebe Matheus Spiess para analisar os dados que movimentam o Ibovespa (IBOV) em um dia marcado por indicadores relevantes no Brasil e no exterior.
O analista iniciou o programa avaliando positivamente o cenário atual do mercado brasileiro. A possibilidade do corte de juros no início do ano que vem foi um dos destaques de Spiess. “Esse corte motiva os investidores a olharem o Brasil com bons olhos, num contexto de rotação internacional dos ativos”, afirmou.
No cenário político, as tensões entre Congresso e governo federal também foram mencionadas no programa, especialmente com a possível aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda hoje. Para o especialista, o ajuste fiscal em 2027 é inevitável, “independentemente do resultado das eleições em 2026”.
Para o mercado, o dia começou positivo, com uma alta quase generalizada das ações do principal índice da bolsa brasileira, o Ibovespa (IBOV). Petrobras (PETR4) estava subindo 0,87% e Vale (VALE3), quase 1%.
O destaque negativo ficou com as ações de mineração, após o minério de ferro fechar no negativo. Braskem (BRKM5), Gerdau (GGBR4), Brava (BRAV3) e Auren (AURE3) também entraram nesse cenário.
A maior queda durante a veiculação do programa era de Ambev (ABEV3), com a possível pressão competitiva com o Grupo Petrópolis retomando a participação no mercado de cervejas, como apontou a XP Investimentos.
A cotação do dólar segue estagnada, chegando a operar abaixo dos R$ 5,30.
Internacionalmente, a discussão sobre a sucessão de Powell para o Federal Reserve (Fed) também movimenta o mercado, especialmente com as apostas de corte de juros reforçadas pela análise do FedWatch, que aponta 87%.
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