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Potencial de atuação da Méliuz no mercado financeiro é comparável ao de Inter e Nubank

12 jan 2021, 11:59 - atualizado em 12 jan 2021, 11:59
Méliuz
Analistas da Guide Investimentos veem grande potencial para o papel da Méliuz (Imagem: Facebook/Méliuz)

A Guide Investimentos iniciou a cobertura das ações da Méliuz (CASH3) com recomendação de compra e preço-alvo de R$ 30. Os analistas veem grande potencial para o papel, considerando que a empresa de cashback conseguiu expandir consideravelmente seus negócios e pode crescer muito mais com o aumento dos canais digitais pelo setor de varejo e consumo.

A Méliuz encerrou o ano de 2020 com um avanço anual de 152% na base de usuários ativos, para 5,3 milhões. O número de novas contas chegou a 5 milhões, alta de 96% em comparação a 2019, enquanto o GMV (Volume Bruto de Mercadorias) subiu 51% e superou R$ 2,5 bilhões.

Tais números podem ser explicados pelo modelo de negócio único da companhia. A Guide destacou que a Méliuz foi a primeira empresa a trazer o conceito de cashback para o Brasil, tornando-a pioneira no mercado. Além disso, a Méliuz possui uma plataforma que não se limita a apenas um setor, trazendo mais diversificação aos usuários.

“Sua plataforma de marketplace não inclui somente o serviço de e-commerce das empresas varejistas parceiras, mas também os de turismo e lazer, que devem ganhar mais tração ao longo deste ano com a chegada das vacinas contra a Covid-19, e ainda bens de consumo e serviços diversos”, disse o analista Luis Sales, em relatório divulgado nesta terça-feira.

Colhendo benefícios

A companhia tem a tecnologia como um dos pilares de suas operações. Com a chegada da Covid-19 no Brasil, os consumidores passaram a adotar o e-commerce como uma solução para as restrições de deslocamento social. As varejistas, principalmente as mais expostas ao comércio eletrônico, beneficiaram-se desse cenário, e com a Méliuz não foi diferente.

Segundo a Guide, mesmo com a abertura dos comércios de rua e shopping centers, as empresas continuarão explorando as ferramentas digitais para impulsionar as vendas. Isso tem efeitos positivos para a Méliuz, que deve ver suas operações ganhando cada vez mais tração.

Competindo com as principais fintechs

Méliuz
Em apenas um ano, a Méliuz observou um salto no número de catões de crédito solicitados pelos seus clientes (Imagem: Facebook/Méliuz)

Não faz muito tempo que a Méliuz embarcou no meio financeiro com o objetivo de capturar as oportunidades do segmento. Em 2019, a empresa lançou um cartão de crédito em parceria com o Banco Pan (BPAN4), em que oferece cashback com base no volume mensal de pagamentos e nas compras no e-commerce.

“A diversificação de seu portfólio impulsionou significantemente o seu resultado, o que faz a companhia querer desenvolver ainda mais a sua atuação dentro do meio, isto porque sua entrada no novo segmento mostrou ter grande sinergia com seu outro business”, afirmou Sales.

Na avaliação da Guide, o potencial de atuação da Méliuz no segmento financeiro pode ser comparado com o das principais fintechs brasileiras, Inter (BIDI4;BIDI11) e Nubank, mesmo com modelos de negócio e estágios de desenvolvimento diferentes.

“Em apenas um ano, a Méliuz observou um salto no número de cartões de crédito solicitados pelos seus clientes. A empresa superou a marca de 2,8 milhões de solicitações ao fim do quarto trimestre de 2020, sendo que o último trimestre do ano sozinho representou 50% de todas as solicitações desde o lançamento do produto, o que comprova a forte tendência dos serviços de banking que vêm aparecendo em diferentes segmentos do mercado”, complementou o analista.

Para base de comparação, o Inter atingiu a marca de 2,5 milhões de cartões utilizados no terceiro trimestre do ano passado, representando um salto de 121% em relação ao mesmo período de 2019. Já o Nubank viu um aumento anual de 108,4% na receita de tarifas e similares, gerada com o uso dos cartões, no primeiro semestre de 2020.

Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
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