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EUA: Powell permanecerá no Fed, com possíveis limitações às indicações de Trump

24 jun 2025, 8:48 - atualizado em 24 jun 2025, 8:48
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(Imagem: Susan Walsh/Pool via REUTERS)

O chair do Federal ReserveJerome Powell, inicia nesta terça-feira (24) dois dias de depoimentos ao Congresso sob críticas do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, por não ter cortado a taxa de juros, mas com seu status de chefe do banco central aparentemente protegido de qualquer ação presidencial por uma decisão da Suprema Corte no mês passado.

Trump cogitou demitir Powell ou nomear um sucessor em breve, no que alguns analistas veem como um esforço para influenciar a política monetária por meio de um presidente “sombra” do Fed, mesmo antes de Powell deixar o cargo em maio de 2026.

Entretanto, o reconhecimento da Suprema Corte no mês passado de que o Fed tem um status único, com seus sete diretores imunes à remoção por discordâncias, destacou não apenas que Powell cumprirá seu mandato, mas que Trump poderá nomear apenas mais um membro da diretoria antes de deixar o cargo em janeiro de 2029.

O risco de nomear um substituto para Powell com antecedência pode ser maior do que qualquer influência que um chair em espera possa ter, escreveu recentemente Krishna Guha, vice-presidente da Evercore ISI e ex-funcionário do Fed de Nova York.

“Nomear o próximo chair do Fed agora, com a expectativa de que essa pessoa será uma voz alternativa ativa na política monetária durante a maior parte de um ano, confundiria o mercado… de uma forma que não ajudaria a promover cortes nos juros”, escreveu Guha. “O candidato pretendido… seria incapaz de exercer influência real por algum tempo e poderia perder a credibilidade ao criticar um Comitê que ele precisará gerenciar ao assumir o cargo.”

Qualquer passo em falso também pode complicar a confirmação do Senado.

Powell inicia sua rodada semestral de audiências no Capitólio nesta terça-feira perante o Comitê de Serviços Financeiros da Câmara, com muitas autoridades relutantes em cortar os juros apesar das exigências públicas de Trump, até que o debate do governo sobre as tarifas seja resolvido e haja mais clareza sobre como elas podem influenciar a inflação, o crescimento e os empregos.

O bombardeio dos EUA contra o Irã e o conflito entre o Irã e Israel também podem influenciar a apresentação de Powell, com a possibilidade de o aumento dos preços do petróleo se tornar parte de uma perspectiva econômica do Fed que foi revisada para um crescimento mais lento e uma inflação mais alta desde que Trump assumiu o cargo e iniciou sua campanha de tarifas.

Até o momento, porém, os preços do petróleo têm se mantido estáveis.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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