Precisa viajar para os EUA no meio do ‘shutdown’? Veja como obter seu visto
Quando o Congresso dos EUA não aprova o orçamento federal a tempo, parte das atividades governamentais entra em shutdown: parques nacionais fecham, relatórios econômicos atrasam e muitos servidores são colocados em licença não remunerada. Ainda assim, alguns serviços essenciais permanecem em operação — entre eles, a emissão de passaportes e vistos.
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Segundo o Departamento de Estado, isso ocorre porque o sistema consular é financiado pelas próprias taxas pagas pelos solicitantes, sem depender do orçamento anual aprovado pelo Congresso.
Sistema autofinanciado mantém operações no Brasil
Graças a esse modelo, a Embaixada em Brasília e os consulados em São Paulo, Rio de Janeiro, Recife e Porto Alegre seguem atendendo normalmente aos pedidos de vistos de não imigrante, como turismo (B2) e negócios (B1). Até o momento, não há qualquer comunicado oficial sobre suspensão dos serviços consulares no país.
O shutdown nos EUA não interrompeu o sistema, mas tampouco acelerou os atendimentos. De acordo com a ferramenta oficial Visa Appointment Wait Times, os prazos para agendamento de entrevistas variam conforme a localidade e a demanda — podendo se estender por vários meses em períodos de maior procura.
A Embaixada alerta que esses prazos “podem mudar a qualquer momento, conforme a carga de trabalho e o número de funcionários disponíveis”. Em resumo, o serviço segue funcionando, mas exige paciência e planejamento.
Como solicitar o visto
O processo para obtenção do visto americano continua o mesmo:
- Preencher o formulário DS-160 no site do Departamento de Estado;
- Efetuar o pagamento da taxa MRV, que mantém o serviço ativo mesmo durante o shutdown;
- Agendar o atendimento no CASV, para coleta de digitais e fotografia;
- Comparecer à entrevista consular, quando exigida.
Mais detalhes e links oficiais estão disponíveis em br.usembassy.gov
Possíveis impactos se o impasse persistir
Embora o funcionamento esteja garantido por ora, um shutdown prolongado pode gerar efeitos colaterais, como:
- Redução temporária de pessoal administrativo;
- Atrasos em verificações de segurança;
- Menor disponibilidade de vagas para reagendamento.
A recomendação é clara: não deixe para solicitar o visto em cima da hora. “O agendamento antecipado é a melhor forma de garantir que o processo ocorra dentro do prazo necessário para a sua viagem”, reforça o Departamento de Estado.
Para quem planeja assistir à Copa do Mundo de 2026 nos Estados Unidos, o aviso vale em dobro — mesmo com o sistema ativo durante o shutdown, os prazos continuam longos e a antecedência é essencial.