AgroTimes

Preço do café recua pela primeira vez em 18 meses, aponta IPCA-15

26 jul 2025, 10:00 - atualizado em 26 jul 2025, 10:00
cafe-agricultura
Alívio no bolso: café tem 1ª queda em 18 meses, aponta IBGE. Preço recuou 0,36% em julho, mas ainda está 76% mais caro que há um ano. (Imagem: Mapa)

Após um ano e meio de aumentos consecutivos, o café finalmente ficou mais barato para o consumidor. Segundo a prévia da inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), o preço da bebida caiu 0,36% em julho. A última vez que o indicador havia registrado queda no valor do café foi em dezembro de 2023.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Essa reversão no comportamento dos preços já havia sido antecipada pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mostrou recuo de 0,18% no preço do café em pó no período entre 16 de junho e 15 de julho. A queda veio após 16 meses de alta no indicador.

Apesar do alívio no curto prazo, o café moído ainda acumula inflação expressiva: alta de 76,5% nos últimos 12 meses, conforme o IPCA-15. Dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic) indicam que, em junho, o quilo do café tradicional chegou a R$ 66,70 — bem acima dos R$ 35,17 registrados no mesmo mês do ano passado.

No geral, o IPCA-15 de julho subiu 0,33%, enquanto o grupo de Alimentação e Bebidas teve uma leve deflação de 0,06%.

Café: Queda nos preços já era esperada

Economistas já projetavam recuo nos preços do café a partir do segundo semestre. O motivo principal é o avanço da colheita no Brasil, que teve início em março e se intensifica entre junho e julho. Com maior oferta no mercado, os preços no campo recuaram, pressionando também o varejo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há ainda um fator externo em jogo: os desdobramentos da tarifa de 50% que os Estados Unidos planejam aplicar sobre produtos brasileiros a partir de 1º de agosto, caso não haja acordo entre os governos. A medida pode impactar as exportações brasileiras de café, o que, por sua vez, aumentaria a oferta no mercado interno e ajudaria a conter os preços.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Compartilhar

Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.