Internacional

Preços ao produtor nos EUA sobem em outubro no maior ritmo em 6 meses

14 nov 2019, 12:39 - atualizado em 14 nov 2019, 12:41
O salto nos preços da saúde refletiu as altas relatadas no relatório do índice de preços ao consumidor de outubro

Os preços ao produtor nos Estados Unidos aumentaram à maior taxa em seis meses em outubro, impulsionados por altas nos custos de bens e serviços, reforçando ainda mais a posição adotada pelo Federal Reserve de que provavelmente não reduzirá as taxas de juros novamente no curto prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Um relatório divulgado pelo Departamento do Trabalho dos EUA nesta quinta-feira mostrou que os custos de saúde aceleraram no mês passado, com o custo do atendimento ambulatorial nos hospitais registrando seu maior aumento desde 2009. O salto nos preços da saúde refletiu as altas relatadas no relatório do índice de preços ao consumidor de outubro, de quarta-feira.

Os custos crescentes de saúde, se mantidos, sugerem que a inflação pode apresentar tendência mais alta, embora não seja provável que se torne problemática devido a uma moderação no ritmo do aumento dos aluguéis.

O Departamento do Trabalho dos EUA informou nesta quinta-feira que seu índice de preços ao produtor para a demanda final subiu 0,4% no mês passado, maior aumento desde abril, após recuar 0,3% em setembro.

O índice de preços ao produtor para a demanda final subiu 0,4% no mês passado, maior aumento desde abril, após recuar 0,3% em setembro (Imagem: REUTERS/Harrison McClary)

Nos 12 meses encerrados em outubro, o índice subiu 1,1%, o menor aumento desde outubro de 2016, após avançar 1,4% em setembro. A inflação anual ao produtor recuou, com a forte alta do ano passado saindo do cálculo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Economistas consultados pela Reuters previam que o índice de preços ao produtor registraria alta de 0,3% em outubro e de 0,9% na comparação ano a ano.

Excluindo os componentes voláteis de alimentos, energia e serviços comerciais, os preços ao produtor subiram 0,1% no mês passado, após ficarem inalterados em setembro. O chamado núcleo da inflação avançou 1,5% nos 12 meses até outubro, depois de ganhar 1,7% nos 12 meses até setembro. O núcleo anual do índice de preços ao produtor também desacelerou no mês passado, com o aumento de outubro passado saindo do cálculo.

O dado da inflação vem na esteira de dados bastante otimistas sobre a economia norte-americana, incluindo um crescimento do emprego acima do esperado em outubro e uma aceleração da atividade no setor de serviços.

No entanto, outro relatório do Departamento do Trabalho desta quinta-feira mostrou que o número de norte-americanos que apresentaram pedidos de auxílio-desemprego subiu para uma máxima em cinco meses na semana passada, ainda que isso provavelmente não indique uma mudança nas condições do mercado de trabalho, uma vez que o dado das solicitações reportado por vários Estados foi afetado por um feriado nacional.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 14 mil, para 225 mil (dado ajustado sazonalmente) na semana encerrada em 9 de novembro, a maior leitura desde 22 de junho, informou o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos nesta quinta-feira. Os dados da semana anterior não foram revisados.

Economistas consultados pela Reuters previam que as reivindicações aumentariam para 215 mil na última semana.

O Departamento informou que alguns Estados não tiveram tempo suficiente de processar os dados das reivindicações por auxílio por causa do feriado do Dia dos Veteranos nos EUA na segunda-feira passada, o que os levou a fazer estimativas.

A força do mercado de trabalho, marcada pela menor taxa de desemprego em quase 50 anos, está apoiando os gastos dos consumidores e ajudando a compensar parte do impacto da guerra comercial EUA-China sobre a economia.

Compartilhar

A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.