Pecuária de corte

Preços da gangorra do boi Cepea derrapam fora da curva, literalmente dia sim, dia não

03 dez 2020, 9:22 - atualizado em 03 dez 2020, 9:22
Carnes Boi Commodities
Consumo fraco não indica variações nas duas direções, especialmente as de altas (Imagem: Reuters/Paulo Whitaker)

Mesmo com a menor disponibilidade de bois cabendo com folga no perfil do consumo e os frigoríficos se dando ao luxo de pularem dias de abates – quando não mantendo paradas algumas unidades – as cotações do Cepea/Esalq  dão saltos para cima e para baixo seguindo o padrão dia sim, dia não. E saltos bruscos que derrapam fora da curva.

O indicador é praticamente oficial das indústrias, posto que até as premiações para animais de melhor padrão usam a referência de base.

Sem usar as variações percentuais, tome-se as variações em reais para evitar que o leitor faça contas dessa gangorra do Cepea/Esalq. De 6 dias úteis até ontem na média paulista:

Dia 25, – R$ 8,60

26, + R$ 6,95

27, – R$ 5,45

30, + R$ 3,95

1, – R$ 12,15

2, + R$ 2,70, com a @ em R$ 274,30.

O cenário é baixista por todos os ângulos e refletidos pelas referências de preços mais conhecidas, como da Scot e da Agrifatto, tanto que se trabalha com cotações abaixo de R$ 270 em São Paulo para os próximos dias.

É plausível aceitar algumas altas pontuais, ou recuos, mas em margens mais realistas. Metodologia diferente ou mais ou menos agentes pesquisados, entre outras variáveis, não podem traduzir o vai e vem nesses valores.

Resumindo os últimos três dias, na segunda (30) – quando foi liquidado o vencimento de novembro do boi na B3 (B3SA3), que usa o indicador Cepea -, a @ subiu 1,41%. No dia seguinte, despencou 4,28%. E nesta quarta, subiu 0,99%.

Que o mercado físico virou para curto prazo não se dúvida, mas quem consegue planejar minimamente para o dia seguinte?

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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