Mercados

Petróleo tem a maior queda semanal desde a Guerra do Golfo de 1991

20 mar 2020, 19:01 - atualizado em 20 mar 2020, 20:08
A semana teve quatro dias de enormes baixas, uma vez que a crescente pandemia impede as pessoas de dirigir e reservar voos (Imagem: REUTERS/Heinz-Peter Bader)

O preço do petróleo nos Estados Unidos recuou 10,7% nesta sexta-feira e consolidou o maior declínio semanal desde a Guerra do Golfo de 1991, conforme a pandemia de coronavírus afeta a demanda global e depois de autoridades de Washington afirmarem que um enviado irá à Arábia Saudita para lidar com as consequências da guerra de preços entre o país asiático e a Rússia.

A semana teve quatro dias de enormes baixas, uma vez que a crescente pandemia impede as pessoas de dirigir e reservar voos.

Grandes empresas, como a trading Vitol e a IHS Markit, afirmaram que a demanda por petróleo pode cair em até 10%. Os preços tiveram uma alta significativa na quinta-feira, após dias de vendas em série, mas o rali não perdurou.

O valor de referência nos EUA, do petróleo WTI, teve perdas de 29% na semana, as mais acentuadas desde o início da Guerra do Golfo em 1991.

O petróleo Brent, enquanto isso, cedeu 20%. Ambos os contratos de referência acumulam quatro semanas seguidas de quedas.

Nesta sexta-feira, Brent fechou em queda de 1,49 dólar, ou 5,2%, a 26,98 dólares por barril. Os futuros do petróleo dos EUA para abril recuaram 2,69 dólares, ou 10,7%, a 22,53 dólares/barril.

O contrato expirou nesta sexta-feira. O vencimento mais ativo do WTI, para maio, teve queda de 3,28 dólares, ou 12,7%, para 22,63 dólares o barril.

“Com a economia parando cada vez mais, fica claro que a destruição de demanda continuará a crescer. Quaisquer que sejam os esforços para cortar produção nos EUA e investimentos, não são suficientes neste momento”, disse o sócio da Again Capital Management em Nova York, John Kilduff.

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