Petróleo

Preços do petróleo disparam com EUA e Reino Unido cortando petróleo russo

08 mar 2022, 16:07 - atualizado em 08 mar 2022, 16:07
Barris de petróleo, Reino Unido
O Brent para maio disparou 8,06 dólares, ou 6,5%, para 131,27 dólares o barril, por volta das 14h no horário de Brasília (Imagem: REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração)

Os preços do petróleo dispararam nesta terça-feira, com os Estados Unidos e o Reino Unido se movimentando para proibir as importações do produto russo, uma decisão que deve piorar os fluxos no mercado global de energia, já que a Rússia é o segundo maior exportador da commodity.

O mercado de petróleo ganhou mais de 27% desde o início de março, à medida que a invasão russa da Ucrânia se intensificou, e os Estados Unidos e outros países trouxeram mais sanções destinadas a punir economia russa.

Isso abalou os mercados de energia, já que a Rússia é o maior exportador de produtos brutos e combustíveis combinados no mundo.

O presidente dos EUA, Joe Biden, anunciou a proibição do petróleo russo e outras importações de energia na terça-feira, enquanto o Reino Unido disse que eliminará gradualmente a importação de petróleo e derivados russos até o final de 2022.

O Brent para maio disparou 8,06 dólares, ou 6,5%, para 131,27 dólares o barril, por volta das 14h no horário de Brasília.

O petróleo dos EUA para abril avançou 7,54 dólares, ou 6,3%, a 126,94 dólares o barril. Mais tarde, as duas referências reduziram os ganhos, subindo mais de 2%.

Embora os Estados Unidos importem muito pouco petróleo da Rússia, a proibição é “mais uma fonte de perda de oferta”, disse Matt Smith, analista de petróleo da Kpler.

Muitos compradores já estão evitando o petróleo russo para não se envolver nas sanções existentes, e a Shell disse que interromperia todas as compras à vista de petróleo russo depois de receber críticas por uma compra feita em 4 março.

Enquanto isso, alguns levantaram preocupações de que o rali foi exagerado.

“Sentimos que isso pode estar um pouco exagerado neste momento”, disse Gary Cunningham, diretor de pesquisa de mercado da Tradition Energy.

reuters@moneytimes.com.br