Combustíveis

Preocupação com demanda por combustível retorna após novos surtos de Covid-19 e lockdowns

17 jul 2020, 20:13 - atualizado em 17 jul 2020, 20:15
Combustível
A demanda global por combustíveis recuou em 25% no auge dos “lockdowns” (Imagem: REUTERS/Stringer)

Uma nova disparada no número de casos de coronavírus está desacelerando a recuperação no consumo de combustíveis em meio às medidas de “lockdown” aplicadas nos Estados Unidos e em outros países, o que aumenta as preocupações de que uma retomada no consumo após o impacto da pandemia poderá levar anos.

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A demanda global por combustíveis recuou em 25% no auge dos “lockdowns”, quando mais de 4 bilhões de pessoas em todo o mundo tiveram de se isolar em suas casas. O declínio sem precedentes na demanda forçou produtores a promover cortes recordes de bombeamento e estocar centenas de milhões de barris de petróleo.

O consumo de combustíveis recuperou parte do terreno perdido à medida que governos flexibilizaram as restrições de circulação e os cortes de produção colocaram um freio no excesso de demanda.

No entanto, essa recuperação tem estagnado, conforme o número de infecções volta a disparar nos EUA, maior consumidor global de combustíveis, e mantém a tendência de alta em outras grandes economias, como Brasil e Índia.

Na semana terminada em 11 de julho, a demanda por gasolina no varejo norte-americano cedeu 5% em relação à semana anterior, segundo a GasBuddy, empresa que monitora as compras de gasolina em tempo real, depois que diversos Estados voltaram a impor restrições para controlar surtos de Covid-19.

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Combustível, Gasolina, Álcool, Diesel e Etanol
Na semana terminada em 11 de julho, a demanda por gasolina no varejo norte-americano cedeu 5% (Divulgação: Facebook/Ipiranga)

Uma semana antes, a demanda também havia recuado — com isso, houve quedas por duas semanas seguidas pela primeira vez desde março, quando os “lockdowns” começaram.

“Normalmente, esse período de duas semanas teria sido o pico de demanda, e não conseguimos atingi”, disse John Kilduff, sócio da Again Capital em Nova York.

No mundo, a demanda por gasolina avançou em quase 3 milhões de barris por dia (bpd) em junho ante maio, maior crescimento mensal da história, de acordo com a Agência Internacional de Energia (IEA,na sigla em inglês).

Mas os mercados estão preocupados com a possibilidade de que alguns países sejam atingidos por uma disparada de casos, assim como os EUA, em novas ondas da pandemia.

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A Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) acredita que uma segunda onda de casos pode fazer com que a demanda caia em 11 milhões de bpd neste ano, segundo um estudo interno da Opep visto pela Reuters. As expectativas atuais são de uma queda de 9 milhões de bpd na comparação anual.

“Se a segunda onda se materializar, a demanda global por petróleo vai se recuperar de forma muito mais lenta em 2021, arrastando os efeitos da pandemia sobre o mercado por ainda mais tempo”, disseram analistas da Rystad Energy.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
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