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Presidente da CNI foi preso pela Polícia Federal em São Paulo

19 fev 2019, 9:43 - atualizado em 19 fev 2019, 10:50
(CNI)

Por Investing.com – Robson Andrade, presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi preso na manhã desta terça-feira em São Paulo no âmbito da Operação Fantoche da Polícia Federal (PF). O mandato de prisão foi ordenado pela 4ª Vara Federal Criminal de Pernambuco (PE), que também autorizou o bloqueio de bens e valores dos investigados. Andrade foi encaminhado à PF de São Paulo e deve ser transferido para Pernambuco, segundo investigadores que atuam no caso em conversa com jornalistas.

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A Operação Fantoche foi deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com o Tribunal de Contas da União (TCU). O objetivo é investigar a atuação de uma organização criminosa acusada de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos por meio de contratos firmados com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S. Os acusados, que atuavam sob um grupo de empresas de uma mesma família, receberam mais de R$ 400 milhões sob esses contratos.

O presidente da Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), Ricardo Essinger, também é alvo de mandado de prisão. A ação cumpre 40 mandados de buscas e apreensões e 10 de prisões temporárias em Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas.

Em nota, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou que tem conhecimento de que o presidente da entidade, Robson Braga de Andrade, está na Polícia Federal, em Brasília. De acordo com a entidade ele está no local para prestar esclarecimentos. “A CNI não teve acesso à investigação e acredita que tudo será devidamente esclarecido. Como sempre fez, a entidade está à disposição para oferecer todas as informações que forem solicitadas pelas autoridades.”

Engenheiro mecânico, Andrade presidiu a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) entre 2002 e 2010, quando assumiu seu primeiro mandato no comando da CNI, tendo sido reeleito em 2014 e em 2018.

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A operação deflagrada pela PF esta manhã conta com a colaboração do Tribunal de Contas da União (TCU). Ao todo, 213 policiais federais e oito auditores do TCU estão cumprindo 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, da Paraíba, de Mato Grosso do Sul, Alagoas e no Distrito Federal.

Investigações

De acordo com a PF, o grupo atua desde 2002 e pode ter movimentado mais de R$ 400 milhões. O dinheiro era movimentado por meio de contratos e convênios que entidades de direito privado, sem fins lucrativos, assinavam com o Ministério do Turismo e com unidades do Sistema S. A maior parte dos contratos previa a execução de eventos culturais e de publicidade. Superfaturados, não eram integralmente executados e os valores desviados eram destinados a empresas controlados por uma mesma família – cujo nome não foi informado.

Em nota, o Ministério do Turismo informou que já tinha determinado auditoria completa em todos os instrumentos de repasse antes mesmo de tomar conhecimento da investigação da PF. A análise resultou no cancelamento de um contrato no valor de R$ 1 milhão. “O Ministério do Turismo, que não é alvo das buscas e apreensões da Operação Fantoche, está totalmente à disposição para colaborar com a investigação”, assegura a pasta, ao destacar que nenhum novo convênio foi assinado este ano.

(Com Agência Brasil)

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