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Presidente da Embrapa vê COP30 como oportunidade para a agropecuária brasileira

06 jun 2025, 11:53 - atualizado em 06 jun 2025, 11:53
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(Foto: Money Times)

A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, acredita que a COP30 representa uma oportunidade para a agropecuária brasileira.

Em painel sobre a segurança alimentar no Global Agribusiness Festival (GAFFFF), Massruhá destacou o momento de transição do sistema agroalimentar, que busca aumentar a produtividade de forma sustentável.

“A COP30 marca o início de uma nova era que podemos implementar na agropecuária brasileira. Não podemos perder essa oportunidade”, disse.

A transição a que a presidente se refere é vista pela Embrapa como um terceiro momento na trajetória da agricultura brasileira. Após momentos de expansão e fomento à competitividade, agora é a hora da sustentabilidade.

Segundo Massruhá, a instituição tem incentivado projetos de bioeconomia e biotecnologia, agricultura de baixo carbono e automação via inovações em inteligência artificial (IA).

A presidente também destacou a importância do Sistema Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF), considerado um “modo de aumentar produtividade sem derrubar nenhuma árvore”.

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Produção de alimentos no Brasil

Junto dela, estiveram Guilherme Bastos, coordenador do FGV Agro, Gustavo Herrmann, diretor comercial da Koppert, Gabriel Garcia Cid, presidente da Abcz e a moderadora Maria Siqueira, diretora do Pacto contra a Fome.

O GAFFFF ocorre no Allianz Parque, em São Paulo, organizado pela Datagro e apresentado pela XP Investimentos e Corteva Agriscience.

Segundo Bastos, a discussão entre produção de alimentos orgânicos e transgênicos não pode existir quando o foco é segurança alimentar, já que ambos têm seu papel. Além disso, afirmou que a agricultura familiar precisa ser fortalecida.

“Temos que manter a competitividade dos grandes proprietários e trazer os pequenos, integrando eles a cadeia produtiva. As políticas públicas de execução tem que ter esse foco, para garantir a renda para os produtores e a geração de excedente para a segurança alimentar global”, afirmou.

Já Hermann, da Koppert, defendeu a redução do uso de agroquímicos, que podem comprometer a qualidade do solo e da produção de alimentos no longo prazo.

De acordo com o diretor comercial, a Koppert abastece 90% do território brasileiro em defensivos biológicos, vistos como uma alternativa ao uso excessivo dos químicos.

Cid, da Abcz — Associação Brasileira dos Criadores de Zebu — comentou sobre a importância de investimentos em infraestrutura para que o Brasil alimente bem a sua população e consiga exportar o excedente.

Em relação à COP30, ele fez uma defesa dos protocolos ambientais brasileiros. “Temos que sair da defensiva e desafiar o mundo a preservar, como o Brasil faz por meio do Código Florestal.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.