Internacional

Presidente do Chile anuncia novo pacote contra o coronavírus e alerta contra populismo

02 ago 2020, 13:33 - atualizado em 02 ago 2020, 13:33
Santiago Chile
Em discurso aos congressistas, Piñera disse que o investimento público em 2020-2022 chegará a 34 bilhões de dólares, dos quais 4,5 bilhões não haviam sido anunciados anteriormente (Imagem: Pixabay)

O presidente do Chile, Sebastian Piñera, anunciou 4,5 bilhões de dólares em pacotes adicionais de estímulo para ajudar a amenizar os efeitos da pandemia e alertou contra uma tendência ao populismo, enquanto a população do país se aproveita de uma nova regra que permite sacar os fundos de pensão.

Em discurso aos congressistas, Piñera disse que o investimento público em 2020-2022 chegará a 34 bilhões de dólares, dos quais 4,5 bilhões não haviam sido anunciados anteriormente.

O líder de centro-direita alertou contra soluções populistas para os problemas econômicos do Chile, que incluem enormes desigualdades e uma recessão agravada pelo impacto da Covid-19.

“O mundo inteiro está sendo ameaçado pelo populismo, que sempre oferece o caminho fácil de direitos sem deveres, de realizações sem esforço”, disse ele, advertindo contra “promessas de soluções fáceis para problemas difíceis”.

Mais de 3 milhões de chilenos pediram na quinta-feira a retirada de parte de seus fundos de pensão depois que entrou em vigor uma lei permitindo que os cidadãos aproveitassem as economias da aposentadoria.

O governo de Piñera se opôs à medida de emergência. Ele também alertou sobre o impacto de longo prazo na lucratividade e nos já baixos pagamentos médios de pensões.

Apesar dos apelos, as pesquisas de opinião indicam quase nove em cada dez chilenos pensam em tirar proveito das quantias do fundo. A maioria disse que usaria o dinheiro para pagar por bens e serviços básicos.

O governo de Piñera se opôs à medida de emergência. Ele também alertou sobre o impacto de longo prazo na lucratividade e nos já baixos pagamentos médios de pensões (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

“O efeito que o coronavírus e a recessão global tiveram sobre nossa economia, e as famílias chilenas, foram devastadores”, afirmou o presidente.