Presidente do México afirma ‘ter certeza’ de acordo tarifário com EUA antes de 1º de agosto

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, afirmou que tem certeza de que um acordo tarifário com os Estados Unidos pode ser firmado em breve, durante um evento no Estado mexicano de Sonora neste sábado (12).
Sheinbaum ainda disse que a soberania do México é inegociável.
As declarações foram feitas após o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciar uma tarifa ‘recíproca’ de 30% sobre os produtos mexicanos. A taxa está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.
Na carta publicada na rede social Truth na manhã deste sábado, Trump cita o fentanil, além do déficit comercial, como motivo para a taxação. Segundo ele, o país vizinho tem ajudado a proteger a fronteira com os EUA — mas os esforços ainda não são o suficiente.
“O México ainda não deteve os Cartéis que estão tentando transformar toda a América do Norte em um playground de narcotráfico. Obviamente, não posso permitir que isso aconteça!”, disse o chefe da Casa Branca.
O presidente norte-americano disse também que pode reconsiderar a alíquota sobre os produtos mexicanos, para cima ou para baixo, a depender das negociações e se o país for “bem-sucedido em desafiar os cartéis e deter o fluxo de fentanil”.
Além do México
Trump também anunciou uma tarifa de 30% à importação de produtos fabricados na União Europeia nos EUA. Em resposta, a presidente da Comissão Europeia Ursula von der Leyen afirmou que a imposição de tarifas de 30% à importação nos Estados Unidos “interromperiam” a cadeira de suprimentos essencial transatlântica e não descartou medidas retaliatórias à política comercial do presidente norte-americano.
Ela ainda afirmou que o bloco econômico, formado por 27 países da Europa, deve continuar as negociações com os EUA para um acordo, reforçando o compromisso com o “diálogo”.
Até agora, Trump anunciou novas taxas ‘recíprocas’ de importação para 25 países, que variam de 20% a 50%, e que entram e vigor a partir de 1º de agosto. O Brasil o único país tarifado com a alíquota maior.
*Com informações de Reuters