Grãos

Trigo: pressão da safra argentina chegando ao Brasil reduz preço em Chicago e internamente

13 nov 2020, 9:34 - atualizado em 13 nov 2020, 9:51
Agronegócio Trigo
Mesmo menor, safra de trigo na América do Sul segue com preços pressionados (Imagem: REUTERS/Eduard Korniyenko)

Na medida em que a safra argentina de trigo vai sendo finalizada e a internalização do cereal importado pelo Brasil se prepara para iniciar, os moinhos de farinha já começam a ser beneficiar de preços mais baixos.

Tanto na bolsa de commodities de Chicago quanto nas origens produtoras brasileiras as cotações mostram já maior flexibilidade.

O bushel no pregão americano desceu dos US$ 6,30 e está sendo negociado na faixa US$ 5,94/dezembro às 9h30 (Brasília), o que reflete nas importações brasileiras de outros países (após o governo zerar tarifas de compras de fora do Mercosul) e nos preços que estão sendo negociados com o maior fornecedor, a Argentina.

No mercado interno, no Rio Grande do Sul, o segundo maior produtor nacional, a tonelada nas cooperativas esteve em R$ 1,6 mil, caiu para R$ 1,5 mil e desde esta quinta (12) já tem negócios a R$ 1,450 mil, com previsão de se reduzir um pouco mais, de acordo com levantamentos de Money Times.

A pressão sobre os preços do cereal mais consumido no mundo chega mesmo com oferta menor.

O governo argentino estima safra de 16,5 milhões/, a menor em cinco anos, mas ainda haverá um excedente que cobrirá com folga o maior importador do país, e um dos mais ativos do mundo, o Brasil. Ou seja, 12 milhões/t ficarão disponível para o mercado externo.

As importações brasileiras são previstas em 7 milhões/t, 300 mil/t a mais sobre 2019. E o vizinho responde por mais de 80%.

Como a safra brasileira, quase concluída na casa das 6,3 milhões/t, terá perdas de 30% no Rio Grande e um pouco menor no Paraná, o achatamento dos preços não é boa notícia para os produtores. O primeiro foi afetado pela seca e o segundo por geada e seca.

Respectivamente, os gaúchos devem produzir 2 milhões/t e os paranaenses 3,32 milhões/t, de acordo com os últimos levantamentos do Deral, órgão estadual paranaense de conjuntura agrícola.

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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