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Prio (PRIO3) caminha para estabilização da produção acima de 110 mil boepd, dizem analistas

04 jul 2025, 15:55 - atualizado em 04 jul 2025, 15:58
(Imagem: Prio)
(Imagem: Prio)

A produção de junho da Prio (PRIO3) mostrou sinais de recuperação e caminha para a estabilização acima de 110 mil boepd, disseram analistas nesta sexta-feira (4). Por volta das 17h, as ações da companhia subiam 0,3%, a R$ 42,71, com avanço de 4,8% neste ano.

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Apesar de ainda impactada por efeitos pontuais, como falhas operacionais e retomadas parciais de poços, a companhia encerrou o mês com o maior volume de produção já registrado em sua história, a 100,1 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), reforçando a visão positiva dos analistas para o desempenho no curto prazo.

O Itaú BBA lembrou que os dados consolidados foram afetados por uma falha em um compressor de gás no campo de Frade — já reparada — e pela contribuição ainda limitada dos poços TBMT-4H e TBMT-10H, que retomaram a produção em Tubarão Martelo após intervenções.

Ainda assim, a Prio atingiu, na última semana de junho, uma produção de 122 mil barris por dia (kbpd), um recorde para a companhia.

Na mesma linha, o Bradesco BBI destacou a forte recuperação do campo de Frade, que voltou a produzir 32,8 mil boepd após a normalização do sistema de compressão de gás. O banco classificou o movimento como um avanço relevante na restauração da estabilidade operacional do ativo.

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Polvo e TBMT também tiveram desempenho positivo, com volumes levemente acima do esperado após a reativação de poços. Já Albacora Leste e Peregrino apresentaram quedas marginais, consideradas naturais.

Para o BBI, com Frade estabilizado e TBMT em recuperação, a companhia está bem posicionada para manter a produção acima de 110 mil boepd nos próximos meses.

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Prio quer dobrar produção

No mês passado, o CEO da Prio, Roberto Monteiro, disse que a empresa deve atingir produção de mais de 200 mil barris por dia (bpd) no ano que vem.

A projeção leva em consideração o avanço do desenvolvimento do campo de Wahoo e da compra do campo de Peregrino, explicou o executivo.

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No caso de Wahoo, a Prio aguarda licença do órgão ambiental Ibama para interligar seus poços produtores e iniciar a produção.

Ação ainda pode subir?

A ação da Prio é negociada na faixa dos R$ 42, mas parte dos analistas enxerga espaço para ganhos expressivos. O Itaú BBA vê o papel a R$ 62, de acordo com relatório recente.

O banco considera que o fim do processo de licenciamento da Wahoo e sua primeira produção de petróleo em abril de 2026, além de medidas de redução de custos em Peregrino, são os principais gatilhos para a valorização das ações no curto prazo.

O Itaú BBA estima um rendimento de fluxo de caixa livre para o acionista (FCFE, na sigla em inglês) de 23% em 2026 e de 29% no ano seguinte.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.