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Prio (PRIO3), Brava (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3) devem registrar 1T25 ‘sólido’

06 maio 2025, 16:42 - atualizado em 06 maio 2025, 16:42
petróleo diesel rússia
(Imagem: REUTERS/Regis Duvignau)

A XP Investimentos prevê um primeiro trimestre de 2025 sólido para as petroleiras juniores da bolsa — Prio (PRIO3), Brava Energia (BRAV3) e PetroReconcavo (RECV3).

O período foi de crescimento de produção, recuperação operacional e números consistentes, mesmo com o mercado atento às discussões sobre tarifas futuras e seus impactos no preço do petróleo, disse a corretora.

A Prio, que divulga resultados nesta terça-feira (6), após o fechamento do mercado, deve ser o grande destaque, com produção média de 109,3 mil barris por dia, alta de 25% na comparação com o 4T24, impulsionada pelo primeiro trimestre completo de operação do campo de Peregrino.

Os offtakes subiram ainda mais, 43% no trimestre, alcançando 10,2 milhões de barris, reflexo da venda de estoques acumulados no fim de 2024.

A XP, em relatório assinado por Regis Cardoso, estima uma receita líquida de US$ 657 milhões (+28% t/t), Ebitda de US$ 446 milhões (+33% t/t) e lucro líquido de US$ 169 milhões, queda de 84% em relação ao trimestre anterior devido a efeitos pontuais.

O foco agora, de acordo com a corretora, recai sobre o novo acordo de Peregrino e o licenciamento de Wahoo. A produção do campo de Frade foi interrompida em abril por parada programada, o que deve afetar o segundo trimestre, afirma.

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Avanço ‘modesto’

A PetroReconcavo, por sua vez, deve mostrar um avanço mais modesto, na avaliação da corretora. A empresa divulga o balanço do primeiro trimestre nesta quinta-feira (8). 

A produção média foi de 27,3 mil barris de óleo equivalente por dia, alta de 4% em relação ao trimestre anterior, com a produção de petróleo crescendo 5%, para 16,3 mil barris por dia. As vendas acompanharam esse ritmo, subindo 3%.

A XP projeta receita líquida de R$ 858 milhões (+2% t/t), Ebitda de R$ 418 milhões (+2% t/t) e lucro líquido de R$ 292 milhões, beneficiado pela valorização do real no período.

A atenção do mercado estará voltada para a estratégia de alocação de capital da companhia — se a geração de caixa será direcionada a aquisições ou distribuição de dividendos, acrescentou a corretora.

Brava em recuperação

A Brava Energia, que divulga resultados dia 12 após o fechamento do mercado, deve apresentar recuperação significativa após um quarto trimestre fraco, marcado por paralisações nos campos de Papa Terra e Atlanta, disse a XP.

A produção total subiu 80%, para 71 mil barris de óleo equivalente por dia, com a produção de petróleo dobrando e chegando a cerca de 59 mil barris por dia.

A XP prevê receita líquida de R$ 3,0 bilhões (+56% t/t), Ebitda de R$ 1,08 bilhão (+114% t/t) e lucro líquido de R$ 85 milhões. Apesar da melhora operacional, a alavancagem segue elevada, com relação dívida líquida/Ebitda em 2,8x.

A tendência é de continuidade no crescimento da produção com a entrada de novos poços no FPSO Atlanta, mas a XP mantém postura mais cautelosa devido à sensibilidade da empresa ao preço do petróleo.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.