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Prio (PRIO3) cai mais de 6% após paralisação da produção em Peregrino; impacto é de até US$ 30 milhões por semana

18 ago 2025, 11:15 - atualizado em 18 ago 2025, 14:49
Prio PRIO3
Prio (PRIO3) lidera perdas no Ibovespa após ANP interditar o FPSO Peregrino; paralisação pode gerar impacto econômico de até US$ 30 milhões por semana. (Imagem: Divulgação/Prio)

As ações da Prio (PRIO3) lideram as perdas do dia no Ibovespa, após a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) determinar a interdição do FPSO Peregrino. Por volta das 11h15, os papéis da companhia caiam 6,21%.

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Segundo os analistas Regis Cardoso e João Rodrigues, da XP Investimentos, a medida da ANP foi inesperada e é vista de forma negativa pelo mercado. Ainda sem detalhes completos sobre o escopo da interdição e seus impactos potenciais, a situação gera incertezas sobre a continuidade da produção e os efeitos financeiros para os envolvidos.

Em análise preliminar de sensibilidade, considerando diferentes cenários, os fatores-chave são a extensão da produção afetada, a exposição econômica da Prio e a duração da paralisação.

“No pior cenário, com participação operacional de 100% e paralisação total do FPSO, o impacto econômico estimado para a Prio é de cerca de US$ 30 milhões por semana, equivalente a 0,5% do valor de mercado da companhia”, destacam.

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Já o Safra estima que o tempo de parada previsto poderia implicar em uma perda estimada entre US$ 30 milhões e US$ 60 milhões para a companhia, o que equivale a 0,5% a 1% do valor de mercado da empresa.

“Considerando 100% do campo, o impacto estimado poderia variar de aproximadamente 1,5% a 3% do valor de mercado, no mesmo intervalo de 3 a 6 semanas necessário para resolver os problemas”, afirmam os analistas do Safra.

O BTG reforça que a notícia é negativa para a Prio, já que interrompe a produção de um ativo recentemente adquirido e traz maior escrutínio regulatório.

“Para cada mês de produção interrompida, o EBITDA cai 3,3% ou em torno de 0,9% do valor de mercado da Prio. Vemos isso como negativo, mas não suficientemente material para mudar nossa visão sobre a companhia, considerando a possibilidade de renegociações nos pagamentos da aquisição de Peregrino”, afirma o relatório. 

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Prio e Equinor: Entenda a paralisação do FPSO Peregrino

Na manhã desta segunda-feira (18), a Prio informou ao mercado que a ANP determinou a interdição do FPSO Peregrino, operado pela Equinor, devido a pendências na documentação de segurança e análise de risco, além da necessidade de adequações no sistema de dilúvio.

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A medida suspende temporariamente a produção do campo que possui reservas de 202 milhões de barris e produção diária de cerca de 100 mil barris e deve impactar o fluxo de caixa da Prio, que detém 40% do ativo, enquanto a Equinor mantém os 60% restantes.

A Equinor iniciou imediatamente os reparos, com previsão de conclusão entre três e seis semanas, conforme o fato relevante divulgado pela Prio.

Atualmente, a participação da Prio em Peregrino gera cerca de US$ 40 milhões por mês, com uma produção total de aproximadamente 90 mil barris diários. Considerando o prazo estimado para retomada, o impacto potencial varia entre US$ 30 milhões e US$ 60 milhões.

Recentemente, a Prio adquiriu a participação da Equinor no FPSO Peregrino por US$ 3,35 bilhões. O valor será ajustado até o fechamento do negócio, dependendo da geração de caixa até a conclusão da transação, prevista para o início do próximo ano.

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Coordenadora de redação
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como coordenadora de redação no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.