Prio (PRIO3): O que esperar após aquisição de Peregrino
O Bradesco BBI avaliou como positiva a conclusão da aquisição pela Prio (PRIO3) de 40% adicionais no campo de Peregrino, operação que eleva a participação da petroleira a 80% e lhe confere o controle operacional do ativo — antes compartilhado com a norueguesa Equinor.
O desembolso foi de US$ 1,545 bilhão, já com ajustes desde 1º de janeiro de 2024, mas sem incluir compensações relacionadas ao período em que as operações permaneceram suspensas — tema que ainda está em negociação e pode ser levado à arbitragem se não houver acordo, disse o BBI.
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Com o controle do campo, a Prio passa a consolidar 80% da produção e espera capturar sinergias operacionais, reduzir custos de extração e elevar a produção consolidada para 150 mil barris por dia. A segunda etapa do acordo, referente aos 20% remanescentes, está prevista para meados de 2026, quando a companhia se tornará a única proprietária de Peregrino.
Segundo o BBI, o valor da transação ficou em linha com as estimativas do banco, com variação marginal em relação ao cenário que já considerava eventuais compensações.
A antecipação do fechamento é vista como um passo positivo, pois acelera a captura de eficiências e deve contribuir para reduzir o opex — hoje entre US$ 550 milhões e US$ 600 milhões — para cerca de US$ 250 milhões a US$ 270 milhões até o fim de 2026, conforme avance a conclusão das obras de reparo das linhas de gás.
Para a segunda parcela da aquisição, o banco estima um desembolso de cerca de US$ 620 milhões, sem incluir compensações adicionais.
As ações da Prio caíam 2% nesta quarta-feira, em linha com o desempenho do petróleo no mercado internacional.