Prio (PRIO3) prevê dobrar a produção até o ano que vem, diz CEO

A petroleira Prio (PRIO3) prevê atingir produção de mais de 200 mil barris por dia (bpd) no ano que vem, ante 100 mil bpd no ano passado, afirmou nesta segunda-feira seu presidente, Roberto Monteiro, em evento de comemoração pelos 10 anos da companhia.
A projeção leva em consideração o avanço do desenvolvimento do campo de Wahoo e da compra do campo de Peregrino, explicou o executivo.
- LEIA MAIS: Veja como ajustar seu portfólio internacional diante da nova decisão de juros do Fed
No caso de Wahoo, a Prio aguarda licença do órgão ambiental Ibama para interligar seus poços produtores e iniciar a produção.
A perspectiva de aumento da produção ocorre em um cenário de agravamento das tensões no Oriente Médio, que fez os preços internacionais do petróleo dispararem na última semana, com receios relacionados a impactos na oferta.
“É um horror dizer que uma guerra é uma coisa positiva, mas é uma realidade”, disse Monteiro, a jornalistas, se referindo ao aumento de preços globais do petróleo.
“Hoje o Brasil de maneira geral é país que não tem nenhuma instabilidade geopolítica e produz bastante petróleo.”
O executivo adicionou que a companhia observa a geopolítica global, com cenário turbulento, mas que o que dita as decisões da companhia está baseado em eficiência e produtividade das operações.
Segundo Monteiro, a busca por aumento da produção da companhia está pautada na busca por maior retorno.
“Nosso portfólio foi pensado e montado pensando em eficiência”, afirmou, destacando que a Prio busca operar no mar e com campos próximos entre si, com ganhos de sinergias. Além disso, a petroleira opera seus próprios navios plataformas.
Monteiro também comentou que a companhia estuda se participará do leilão de petróleo da União que será realizado pela Pré-Sal Petróleo (PPSA), na bolsa paulista B3, na próxima quinta-feira.
“A gente já participou no passado (do leilão da PPSA), a gente está decidindo se vai continuar a nossa participação, mas são sempre coisas muito pequenas que auxiliam ao nosso trade do petróleo”, afirmou o presidente da Prio.