Prio (PRIO3) recebe licença para instalar poços de Wahoo

A petroleira brasileira Prio (PRIO3) recebeu nesta segunda-feira licença do órgão ambiental federal Ibama para a interligação dos poços de seu campo de Wahoo, onde planeja iniciar a produção no próximo ano.
Os poços de Wahoo, na Bacia de Campos, serão conectados ao navio plataforma chamado Frade, no campo de mesmo nome também operado pela Prio.
O documento detalha que a licença compreende a interligação submarina (tieback) de até onze poços — sendo quatro produtores, dois injetores e cinco contingentes — ao FPSO Frade.
O campo de Frade fica situado a aproximadamente 30 km do campo de Wahoo.
As licenças para Wahoo foram a principal preocupação dos investidores na tese de investimento da Prio.
“O escoamento da produção e a injeção de fluidos serão viabilizados por meio da instalação de dutos de produção e injeção, umbilicais de controle e potência, além de equipamentos submarinos associados, sem a implantação de nova unidade estacionária de produção”, afirmou o órgão ambiental.
Na semana passada, o Itaú BBA havia publicado relatório onde adiantava que a licença deveria sair em breve.
No fato relevante, a Prio estimou que o primeiro óleo deve ser produzido entre março e abril de 2026. A petroleira afirmou ainda que o custo total do desenvolvimento está estimado em US$870 milhões.
A companhia destacou ainda que iniciará imediatamente as atividades de construção submarina e o “tieback” do campo ao FPSO, “já tendo contratado e notificado para a vinda ao Brasil a embarcação responsável pelo lançamento da linha rígida, com expectativa de chegada em outubro”.
A expectativa do banco é de que Wahoo totalize 40 mil barris por dia e represente um aumento de 44% na produção total de óleo da Prio, considerando os níveis de agosto.
No segundo trimestre, a Prio produziu cerca de 100 mil barris por dia. A companhia prevê atingir produção de mais de 200 mil barris por dia no ano que vem, considerando a entrada em operação do campo de Wahoo e a compra do campo de Peregrino.
*Com Reuters