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Privatização dos Correios pode parar no STF, alerta Bank of America

11 ago 2021, 15:30 - atualizado em 11 ago 2021, 17:19
Correios
Segundo o BofA, a estatal deve precisar, futuramente, de investimentos anuais de R$ 2 bilhões para oferecer bons serviços (Imagem: Facebook/Correios)

O Bank of America (BofA) alertou que a oposição pode conseguir barrar a privatização dos Correios via STF (Supremo Tribunal Federal). A informação foi divulga em relatório enviado aos clientes e obtido pelo Money Times nesta última segunda-feira (09).

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A instituição financeira comentou que a Suprema Corte brasileira fez uma decisão em 2005 de que os serviços postais devem ser públicos e fornecidos apenas pelo governo. Sendo assim, os partidos contrários a venda da estatal teriam essa base para barrar o leilão da empresa.

A proposta foi aprovada na Câmara dos Deputados por 286 votos a favor e 173 contra, uma vitória para a agenda de reformas do presidente Jair Bolsonaro. Após a passagem pela Câmara, o projeto vai para o Senado e depois à sanção presidencial.

O governo argumentou que a privatização dos Correios deve melhorar a eficiência dos serviços postais no país diante das dificuldades de fazer investimentos para o setor.

Segundo o BofA, a estatal deve precisar, futuramente, de investimentos anuais de R$ 2 bilhões para oferecer bons serviços para os clientes, o que não vai em linha com a gestão Bolsonaro, que busca cortar gastos para diminuir o tamanho do estado e manter o equilíbrio fiscal nas contas públicas.

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Correios
O governo argumentou que a privatização dos Correios deve melhorar a eficiência dos serviços postais (Imagem: LinkedIn/Correios)

De acordo com o banco americano, o leilão deve acontecer até abril de 2022 e o vencedor tende a ter o monopólio por até 5 anos.

“Além disso, o comprador teria que se comprometer a atender todas as regiões do país durante sua concessão, seria proibido de demitir gratuitamente funcionários por 18 meses e teria que criar um programa de demissão voluntária, que garantiria 1 ano de salários e seguro saúde aos funcionários que aderissem ao programa”, afirmou o Bank of America.

Mercado Livre não tem interesse

O Mercado Livre não tem interesse em participar do processo de privatização dos Correios, a companhia tomou a decisão após anunciar que pretende inaugurar oito centros de distribuição no Brasil até o final do ano, além de mais um em 2022.

O investimento total previsto para 2021 no Brasil é de 10 bilhões de reais.

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“A gente hoje se sente muito confortável em dizer que não faz sentido participar da privatização dos Correios”, disse o vice-presidente de logística do Mercado Livre para a América Latina, Leandro Bassoi, em entrevista a jornalistas.

(Com Reuters)

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Repórter
Formado em jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie em Julho de 2021. Bruno trabalhou no Money Times, como estagiário, entre janeiro de 2019 e abril de 2021. Depois passou a atuar como repórter I. Tem experiência com notícias sobre ações, investimentos, empresas, empreendedorismo, franquias e startups.
bruno.andrade@moneytimes.com.br
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