Commodities

Problema para a Vale (VALE3)? Rio Tinto aumenta estoques de Simandou a dois milhões de toneladas para 1º embarque

18 out 2025, 11:50 - atualizado em 18 out 2025, 11:50
(Imagem Getty ImagesCanva)
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A Rio Tinto estocou dois milhões de toneladas de minério de ferro de alta qualidade em seu projeto Simandou, na Guiné, para um embarque em meados de novembro.

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Esse seria o primeiro embarque da mega mina que deverá remodelar os suprimentos e preços globais e que, na visão dos especialistas, pode se fazer sentir até mesmo o balanço da Vale (VALE3).

Em seu relatório de produção do terceiro trimestre, a Rio Tinto disse que a SimFer – uma das duas minas de Simandou – acumulou 1,5 milhão de toneladas de minério, com o primeiro carregamento de minério no transporte ferroviário em outubro.

Um porta-voz disse que a empresa continuou a avançar o projeto “em ritmo acelerado”, sem fornecer detalhes.

Simandou deve pressionar rivais

Espera-se que o primeiro carregamento tenha como destino a China, o maior produtor de aço do mundo e consumidor de mais de 70% do minério de ferro transportado por via marítima, disseram as fontes, falando sob condição de anonimato.

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Inicialmente, a Rio encaminhará as exportações por meio da infraestrutura de propriedade do parceiro Winning Consortium Simandou, cujo porto está em fase de conclusão.

“Esperamos começar a carregar um navio por volta de novembro”, disse a Rio na terça-feira, sem revelar os volumes iniciais.

A propriedade de Simandou, que está ligada ao Atlântico por uma ferrovia de 600 Km e um porto de águas profundas, é dividida entre um consórcio da Rio e da estatal chinesa Chalco, e o WCS, um consórcio chinês-cingapuriano.

Espera-se que Simandou, que possui cerca de 4 bilhões de toneladas de minério com teor médio de 65% de ferro, forneça 120 milhões de toneladas por ano em sua capacidade total, com SimFer contribuindo com metade.

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Se a quantidade já não fosse relevante, a commodity proveniente do país africano tem uma altíssima qualidade, algo similar, segundo especialistas, àquilo que a Vale extrai de Carajás. Especialistas vêm alertando que a  entrada da oferta de uma commodity de qualidade semelhante à da Vale pode, no futuro, diminuir prêmios do “minério mais limpo”.

A previsão é que o projeto aumente o PIB da Guiné em 26% até 2030, de acordo com o Fundo Monetário Internacional.

O governo militar da Guiné planeja comissionar formalmente o projeto em 11 de novembro.

WCS também começou a estocar minério

A WCS, que opera a outra mina de Simandou, também começou a estocar minério em setembro, estabelecendo uma corrida pela primeira participação no mercado.

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“Os preços do minério de ferro podem sofrer pressão de baixa se as mineradoras australianas e brasileiras não responderem ao aumento de Simandou”, disse Tom Price, chefe de commodities da Panmure Liberum.

“Uma produção anual de 120 milhões de toneladas até 2028 elevaria o fornecimento marítimo em 8-9%.”

O chefe de finanças da Rio, Peter Cunningham, disse em julho que o lançamento de Simandou provavelmente forçaria alguns fornecedores de custo mais alto a sair do mercado.

A estreia do projeto ocorre em um momento em que a China está se apegando mais ao setor de recursos da Guiné, liderando as exportações de bauxita.

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As siderúrgicas chinesas, pressionadas por pressões de margem e uma prolongada queda no setor imobiliário, estão se voltando para minério de alto grau e de custo mais baixo para reduzir as emissões e o uso de energia.

A WCS e o Ministério de Minas da Guiné não responderam aos pedidos de comentários.

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