Consumo

Procon de São Paulo irá aumentar fiscalização contra preços abusivos de alimentos da cesta básica

11 set 2020, 16:39 - atualizado em 11 set 2020, 16:40
João Doria
Dória afirmou que a a medida não tem relação com tabelamento, mas visa unicamente garantir os direitos dos consumidores (Imagem: Flick/Governo do Estado de São Paulo)

O Procon de São Paulo, em conjunto com a Secretaria de Agricultura e Abastecimento, irá aumentar a fiscalização para combater os preços abusivos de alimentos da cesta básica, especialmente o arroz. O anúncio foi feito nesta sexta-feira (11) pelo governo de São Paulo, João Doria, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Doria afirmou que a a medida não tem relação com tabelamento, mas visa unicamente garantir os direitos dos consumidores.

“O Procon de São Paulo irá fiscalizar o abuso nos preços do arroz e de outros produtos da cesta básica. Quero esclarecer que não vamos fazer controle ou tabelamento de preços. Somos um governo liberal e respeitamos a variação de preços em função das regras de mercado. Os empresários têm direito de determinar os preços dos produtos, desde que sejam respeitadas as normas do Código do Consumidor. Aqui em São Paulo, estaremos atentos a eventuais abusos e especulações. Regras de mercado não aceitam abusos e especuladores”, destacou.

As ações de fiscalização do Procon-SP serão iniciadas na próxima segunda-feira (14) e ocorrerão em todo Estado.
Aproximadamente 100 fiscais serão envolvidos na força-tarefa para conter os preços abusivos dos alimentos. Os agentes de fiscalização contarão com apoio de funcionários da Secretaria de Agricultura.

Na prática, o grupo observará custos, oferta, demanda e preços praticados na produção do campo e o valor praticado pelo varejo, de forma que abusos possam ser identificados.

Arroz
Nos últimos meses, os preços dos alimentos dispararam, como arroz, feijão, carne, óleo de soja, leite longa vida e seus derivados (Imagem: REUTERS/Pilar Olivares)

“Inicialmente não haverá multa para os estabelecimentos. Vai ser feita a constatação de quanto o empresário pagou e por quanto está vendendo o produto. Em seguida, vamos comparar com os valores que ele praticava no primeiro semestre. A multa será aplicada, em último caso, quando o aumento da margem de lucro for injustificado e desproporcional” pontuou o secretário de Defesa do Consumidor, Fernando Capez.

Capez informou que, apenas neste ano, foram registradas mais de 440 mil queixas sobre práticas abusivas de preços de alimentos. Foram fiscalizados 3.660 estabelecimentos e aplicadas 253 penalizações.

Disparada dos preços

Nos últimos meses, os preços dos alimentos dispararam, como arroz, feijão, carne, óleo de soja, leite longa vida e seus derivados.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Gustavo Junqueira, destaca que, em parte, o cenário é justificado pelos aumentos de custo de produção e da demanda.

“A atividade agropecuária tem ciclos longos de produção. Tal informação é de extrema importância para entendermos o comportamento dos preços dos alimentos e a dinâmica da oferta e demanda. Mas precisamos agir com responsabilidade, para assegurar o abastecimento e o alimento na mesa das famílias de baixa renda, que mais sofrem com as altas nos produtos da cesta básica”, afirma o secretário.

Veja a coletiva:

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os 50 jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022 e 2023. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
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