Economia

Produção industrial chinesa desacelera, mas resiste ao impacto das tarifas e supera expectativas

19 maio 2025, 4:34 - atualizado em 19 maio 2025, 6:38
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Produção industrial da China segue em alta e surpreende (Imagem: iStock.com/SweetBunFactory)

A produção industrial da China cresceu 6,1% em abril na comparação com o mesmo mês do anterior, mostram os dados do Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) nesta segunda-feira. O resultado é uma desaceleração ao crescimento de 7,7% apurado em março, mas é superior a previsão de aumento de 5,5% em pesquisa com o mercado realizada pela Reuters.

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A resiliência industrial chinesa de abril é, em parte, resultado do apoio fiscal “antecipado” do governo, disse Tianchen Xu, economista sênior da Economist Intelligence Unit, referindo-se a gastos governamentais mais fortes.

Os dados seguiram as exportações mais firmes do que o esperado no início deste mês, que, segundo os economistas, foram apoiadas por exportadores que redirecionaram remessas e países que compraram mais materiais da China em meio a uma reordenação do comércio global devido às tarifas do presidente dos EUA, Donald Trump.

“O comércio exterior da China superou as dificuldades e manteve um crescimento estável, demonstrando forte resiliência e competitividade internacional”, disse Fu Linghui, porta-voz do departamento de estatísticas, em uma coletiva de imprensa na segunda-feira.

Outros setores mais fracos

As vendas no varejo, uma medida do consumo, aumentaram 5,1% em abril, abaixo do aumento de 5,9% em março, e não atenderam às previsões de uma expansão de 5,5%. Economistas atribuíram a desaceleração ao impacto das tarifas dos EUA sobre as expectativas dos consumidores e à fraca demanda interna.

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Os setores de commodities também mostraram sinais de fraqueza, com a taxa diária de processamento de petróleo bruto do país caindo 4,9% em abril em relação a março, enquanto a produção de aço bruto caiu 7% em relação ao mês anterior.

Enquanto isso, o impulso do governo para aumentar os gastos das famílias por meio de um esquema de troca de bens de consumo levou a um ganho de 38,8% nas vendas de eletrodomésticos.

Os dados do NBS também mostraram que a taxa de desemprego caiu de 5,2% em março para 5,1%.

A economia da China cresceu 5,4% no primeiro trimestre, superando as expectativas. As autoridades chinesas continuam confiantes em atingir a meta de crescimento de cerca de 5% este ano, apesar dos avisos dos economistas de que as tarifas dos EUA poderiam inviabilizar esse impulso.

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Com agência Reuters

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fernando.antunes.ext@moneytimes.com.br
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