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Produtores de soja dos EUA pedem que Trump faça acordo com a China

19 ago 2025, 13:55 - atualizado em 19 ago 2025, 13:55
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(Foto: Reuters/Jorge Adorno)

Os produtores de soja dos Estados Unidos pediram ao presidente Donald Trump, em uma carta nesta terça-feira (19), que chegue a um acordo comercial com a China que garanta contratos significativos de compra de soja. Eles alertaram sobre os terríveis resultados econômicos de longo prazo se o país asiático continuar a evitar o produto dos EUA.

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A China, o maior comprador de soja do mundo, está se voltando para as cargas brasileiras em meio às tensões comerciais com os EUA e às negociações em andamento. O país ainda não fez a pré-compra da próxima safra dos EUA, um atraso incomum que tem preocupado comerciantes e agricultores.

“Os produtores de soja estão sob estresse financeiro extremo. Os preços continuam caindo e, ao mesmo tempo, nossos agricultores estão pagando muito mais por insumos e equipamentos”, diz a carta enviada pela American Soybean Association a Trump.

“Os produtores de soja dos EUA não podem sobreviver a uma disputa comercial prolongada com nosso maior cliente.”

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A mudança da China para a soja brasileira pode custar bilhões aos agricultores dos EUA. A China comprou 54% das exportações do produto dos EUA na campanha de 2023-2024, no valor de US$ 13,2 bilhões, de acordo com a associação.

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As importações de soja pela China atingiram um recorde em julho deste ano.

Os preços da soja subiram depois de uma postagem de 11 de agosto de Trump no Truth Social pedindo à China que quadruplicasse suas compras de soja. No entanto, os agricultores disseram que duvidavam que um aumento tão grande fosse possível.

“Quanto mais avançarmos no outono sem chegar a um acordo com a China, piores serão os impactos para os produtores de soja dos EUA”, diz a carta.

A Casa Branca não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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