Agronegócio

Produtores querem teto para arroba para segurarem nova pressão sobre boi das águas

06 dez 2019, 13:32 - atualizado em 06 dez 2019, 13:49
Boi gordo ainda é pouco, mas recuo dos preços veio forte e produtor tenta estabelecer teto

O sentimento dos produtores de boi é sobre qual será o ponto de equilíbrio de teto dos preços, depois da pressão dos frigoríficos para quebrarem a alta expressiva das cotações, em todo o Brasil, no mês de novembro. Embora em muitas regiões as chuvas chegaram atrasadas, pouco regulares em volume e espacialmente, sobre pastos muito vazios, os animais das águas vão chegar e a disponibilidade dos compradores será mais elástica.

O fundamento é básico. Se a @ cair muito mais em dezembro – pelo comprovado recuo do consumo – e considerando que em janeiro a demanda interna sazonalmente é mais fraca, a chegada do boi gordo da safra vai ser mais pressionada. Mesmo que também já é dado como certo que a demanda por exportações deve retomar força a partir do mês que vem e fevereiro.

Produtores do Mato Grosso, em regiões como Cáceres, viram tentativa de corte dos preços de até R$ 30,00. E apesar da irregularidade das chuvas e de pastos que também sofreram ataques de pragas, acreditam que a oferta de animais será maior a partir do meio de janeiro.

Em média, a @ desceu para R$ 170,00/180,00, depois de se fixar nos R$ 200,00 até a última semana.

Em São Paulo, há expectativa de que os R$ 220,00 seja uma baliza a ser considerada nos próximos dias, mas os R$ 215,00 não é um valor descartado, segundo informes que entram no grupo da consultoria AgroAgility.

A @ no estado, que ameaçou bater nos R$ 250,00 em fins de novembro, sofreu forte redução. As cotações mínimas de balcão, registradas pela Scot Consultoria, ontem (5), estavam em torno do R$ 209,00 livres de Funrural. Exatamente igual ao apontado pelo Cepea/Esalq, com corte de quase 3,5% sobre o preço médio da quarta.

Na Agrifatto, os levantamentos mostraram números pouco menores.

É bem possível que nesta sexta (6) haja novos recuos, com os frigoríficos voltando à tradicional pouca disposição para compras no último dia da semana (junto com as segundas) – cenário que havia desaparecido especialmente em novembro, quando a originação firme acontecia todos os dias.

As escalas de abate teriam andado, embora também seja um ponto ainda pouco claro: as programações estão mais folgadas porque as indústrias compram menos ou os produtores que confinam – únicos com disponibilidade de matéria-prima – estão resistindo?

 

 

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Repórter no Agro Times
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
giovanni.lorenzon@moneytimes.com.br
Jornalista de muitas redações nacionais e internacionais, sempre em economia, após um improvável debut em ‘cultura e variedades’, no final dos anos de 1970, está estacionado no agronegócio há certo tempo e, no Money Times, desde 2019.
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