Educação

Professor no Brasil e Finlândia tem o mesmo direito: Por que aqui as notas são baixas?

05 jan 2019, 11:29 - atualizado em 05 jan 2019, 11:36
(PIxabay)

O que faz da Finlândia um bom país para professores do ensino público trabalharem? De acordo com um artigo publicado no site do Banco Mundial, além da estabilidade e de serem raramente demitidos, os educadores são representados por uma poderosa união entre professores de grande influência para as discussões políticas do país.

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Em território finlandês, os professores são muito prestigiados. O trabalho é reservado exclusivamente para as pessoas mais talentosas. Um em cada cinco candidatos ao programa de educação para professores primários são admitidos em universidades, o que depende não só das conquistas acadêmicas dos profissionais, como também do interesse que a pessoa tem em ensinar.

“Isso é bem diferente do que acontece na maioria dos países emergentes – e até em alguns países desenvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos -, onde ser admitido é fácil”, afirmam Hanna Alasuutari e Marcela Gutierrez, que assinam o artigo.

Grande parte do prestígio em ser professor na Finlândia vem dos grandes investimentos que o país coloca sobre a formação do professor. São cinco anos de estudos acadêmicos para se tornar um professor qualificado. E enquanto os educadores estão em treinamento, eles são submetidos tanto a estudos mais teóricos, como a ciência educacional e a pedagogia, quanto a estudos práticos em escolas e universidades. Em contraposição. nos países em desenvolvimento, um educador recém-graduado já pode dar aulas sem ter a devida experiência prática e de longo prazo.

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Independência

Outro ponto muito importante é a confiança. São confiados aos diretores e professores o supervisionamento das salas, mas existe um trabalho cooperativo entre eles e os alunos. Desse forma, o aprendizado vem para ambos os lados.

Na Finlândia, os estudantes não recebem uma carga exagerada de lição de casa e passam menos tempo na escola em comparação aos alunos de outros países. Porém, o tempo gasto dentro da sala é muito bem aproveitado, com intervalos regulares após 45 ou 90 minutos de aula.

As reformas educacionais – principalmente as que envolvem os professores – de diversos países precisam se basear, segundo as co-autoras do artigo, em uma seleção baseada na meritocracia, quando o esforço é o item mais requisitado e o aprimoramento da carreira depende do desenvolvimento e das conquistas profissionais.

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“Com bons professores e uma grande confiança, todo estudante pode receber educação de qualidade, seja em uma escola próxima ou do outro lado da cidade”, ressaltam Alasuutari e Gutierrez. “Os professores e a sociedade sabem que o futuro das crianças recaem em suas mãos”.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.