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Profissionais preferem buscar outro emprego à assumirem formato 100% presencial, mostra pesquisa

10 set 2022, 17:00 - atualizado em 09 set 2022, 15:59
Emprego
39% dos colaboradores buscariam um novo emprego caso a empresa onde trabalham decidisse assumir o formato 100% presencial (Imagem: Thomas Lefebvre/Unsplash)

Depois da pandemia, o modelo de trabalho nunca mais será o mesmo. Um levantamento feito pela consultoria de recursos humanos Robert Half mostrou que, de 1.161 profissionais ao redor de todo o país, 39% buscariam um novo emprego caso a empresa onde trabalham decidisse não oferecer uma opção, ao menos, parcialmente remota.

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Dos recrutadores, 42% revelaram que têm visto colaboradores buscarem um novo trabalho depois que a empresa optou pelo retorno 100% presencial. Na percepção de 22% deles, por mais que ainda não sintam o impacto no dia a dia, essa evasão ainda pode acontecer no futuro.

Entre os desempregados, 20% disseram que não aceitariam uma proposta que não oferecesse trabalho remoto, de maneira parcial ou integral.

Home office é benefício?

O estudo apontou que, até o começo de 2020, apenas 21% de colaboradores tinham a possibilidade de trabalhar de casa. Entre os recrutadores, 26% disseram que já ofereciam o home office como parte do pacote de benefícios corporativos.

Entretanto, atualmente, o formato não representa mais um benefício, mas sim, um modelo de trabalho preparado para o futuro, destaca o levantamento.

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“Ficou claro ser possível contribuir para a prosperidade dos negócios, independentemente da localização geográfica em relação à organização”, diz o relatório da consultoria.

Entre os empregados, 77% enxergam o home office como um modelo de trabalho. Entre os recrutadores, 72% emitem a mesma opinião. Ao ouvir os desempregados, a porcentagem atinge 80%.

Fernando Mantovani, diretor-geral da consultoria, diz que o diálogo entre empresa e funcionário é o que define qual a melhor experiência de trabalho.

“Cada profissional, empresa ou área se relaciona com o trabalho remoto de maneira muito particular. Teve quem mudou de cidade, quem resolveu buscar uma vida mais tranquila, quem passou a conviver mais com os filhos e não quer abrir mão disso”, pontua.

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E completa “assim como há quem sinta a necessidade de ir ao escritório para produzir e evitar distrações”.

Modelo híbrido ganha força

Segundo a Robert Half, o modelo híbrido se destaca entre as empresas e profissionais, por se tratar de uma possibilidade de manter a vida pessoal em equilíbrio com a profissional, sem perder por completo o poder do encontro físico.

Na visão de 77% dos empregados, esse é o melhor modelo de trabalho. Em seguida, 17% indicam o trabalho remoto e apenas 6% o modelo integralmente presencial. 24% dos entrevistados dizem preferir ter flexibilidade para ir apenas quando necessário.

O estudo ainda demonstra que as empresas estão atentas ao desejo dos colaboradores, embora algumas não tenham um plano de retorno totalmente definido.

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Para 57% dos recrutadores entrevistados, as companhias para as quais trabalham devem adotar o modelo híbrido de trabalho daqui para a frente. Além deles, 33% indicaram que planejam retornar ao modelo 100% presencial e 10% disseram que permanecerão integralmente em home office.

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Repórter
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.
janaina.silva@moneytimes.com.br
Graduanda em jornalismo pela Universidade Estácio de Sá. Tem experiência cobrindo mercados, ações, investimentos, finanças, negócios, empreendedorismo, franquias, cultura e entretenimento. Ingressou no Money Times em 2021.