Internacional

Projeto de corte de impostos de Trump retorna à Câmara dos Deputados em meio à divisão

02 jul 2025, 8:54 - atualizado em 02 jul 2025, 8:54
Presidente dos EUA, Donald Trump, a bordo do Força Aérea Um 06/06/2025 REUTERS/Nathan Howard
(Imagem: REUTERS/Nathan Howard)

O debate dentro do Partido Republicano do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, sobre um projeto de lei de corte de impostos retorna à Câmara dos Deputados nesta quarta-feira, conforme o partido tenta superar divisões e cumprir o prazo autoimposto de 4 de julho para aprovação final da legislação.

O Senado aprovou o projeto, que, segundo analistas independentes, acrescentará US$ 3,3 trilhões à dívida do país na próxima década, pela margem mais estreita possível na terça-feira, após intenso debate sobre o alto preço da lei e cortes substanciais no programa de saúde Medicaid.

Existem divisões semelhantes na Câmara, que os republicanos controlam por uma margem de 220 a 212 e onde uma bancada fraturada tem se oposto regularmente à sua liderança nos últimos anos, embora os membros não tenham rejeitado até agora as principais prioridades de Trump.

“A Câmara trabalhará rapidamente para aprovar o projeto de lei que promulga toda a agenda doméstica de Trump até o dia 4 de julho”, disse o presidente da Casa, Mike Johnson, em um comunicado na terça-feira, citando a extensão de uma legislação de 2017 e o aumento do financiamento para as Forças Armadas e o controle da imigração.

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Os líderes republicanos da Câmara definiram uma votação processual inicial sobre o projeto de lei para as 10h (horário de Brasília).

Algumas das mais fortes objeções republicanas ao projeto vêm de membros conservadores do partido, irritados porque ele não corta suficientemente os gastos e aumenta em US$ 5 trilhões o teto da dívida do país, que os parlamentares devem abordar nos próximos meses ou correm o risco de um calote na dívida de US$ 36,2 trilhões.

“O que o Senado fez foi inconcebível”, disse o deputado republicano Ralph Norman, da Carolina do Sul, um dos vários conservadores que se manifestaram contra o preço mais alto do projeto de lei do Senado, acusando os senadores de distribuírem “sacos de brindes” de gastos para satisfazer opositores.

Norman disse que votará contra o avanço do projeto de lei nesta quarta-feira.

Os democratas estão unidos em oposição ao projeto de lei, dizendo que suas isenções fiscais beneficiam desproporcionalmente os mais ricos, ao mesmo tempo em que cortam serviços dos quais os norte-americanos de baixa e média renda dependem.

“Esse é o maior ataque à saúde norte-americana da história”, disse o líder da minoria democrata na Câmara, Hakeem Jeffries, a repórteres na terça-feira, prometendo que seu partido usará “todas as opções processuais e legislativas” para tentar impedir – ou atrasar – a aprovação.

A versão do projeto aprovada pelo Senado na terça-feira aumentaria mais a dívida do que a versão aprovada inicialmente pela Câmara em maio e também inclui mais de US$ 900 milhões em cortes no programa de saúde para pessoas de baixa renda Medicaid.

Esses cortes também têm gerado preocupações entre alguns deputados republicanos.

“Não apoiarei um projeto de lei final que elimine o financiamento vital do qual nossos hospitais dependem”, disse o deputado David Valadao, da Califórnia, antes da aprovação no Senado.

Quaisquer alterações feitas pela Câmara exigiriam outra votação no Senado, tornando praticamente impossível cumprir o prazo de 4 de julho.

Durante semanas, Trump pressionou pela aprovação do projeto antes do feriado do Dia da Independência, em 4 de julho, embora nos últimos dias ele também tenha flexibilizado esse prazo, descrevendo-o como menos que crítico.

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A Reuters é uma das mais importantes e respeitadas agências de notícias do mundo. Fundada em 1851, no Reino Unido, por Paul Reuter. Com o tempo, expandiu sua cobertura para notícias gerais, políticas, econômicas e internacionais.
reuters@moneytimes.com.br
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