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Projeto assinado pela Kepler Weber (KEPL3) mira etanol de trigo com investimento bilionário da Be8

27 maio 2025, 15:20 - atualizado em 27 maio 2025, 17:36
(Imagem: Facebook/Kepler Weber)

A Be8, do empresário Erasmo Battistella, vai investir cerca de R$ 1,2 bilhão na construção de uma planta inédita no Brasil, com foco no etanol de trigo. A empresa gaúcha fechou o projeto com a Kepler Weber (KEPL3), que vai erguer a indústria em Passo Fundo (RS).

Trata-se do maior contrato da construtora de armazéns nos últimos cinco anos. Segundo Bernardo Nogueira, CEO da Kepler, o projeto está alinhado ao objetivo da empresa de avançar na expansão das indústrias de etanol.

Com capacidade de processamento anual de 525 mil toneladas de cereais, a unidade produzirá 220 milhões de litros de etanol, 155 mil toneladas de farelo e 35 mil toneladas de glúten vital, com investimento estimado de R$ 1,26 bilhão. O valor recebido pela Kepler não foi divulgado.

A empresa deve construir oito silos no local, totalizando 160 mil toneladas de capacidade de armazenamento. A conclusão da obra está prevista para o segundo semestre de 2026.

Em reação, as ações saltaram na bolsa brasileira. Negociada fora do Ibovespa, KEPL3 subiu 8,46%, a R$ 8,46, no pregão desta terça-feira (27). 



Nova planta de etanol de trigo

A unidade da Be8 será a primeira indústria focada na produção em larga escala de etanol e glúten vital a partir do trigo.

Segundo Leandro Zat, vice-presidente de operações da empresa, a região de Passo Fundo foi escolhida pela disponibilidade de trigo de qualidade inferior para atender os padrões do setor alimentício na produção de pães.

De acordo com o executivo, a empresa pretende aproveitar o momento positivo para os biocombustíveis e o potencial do Rio Grande do Sul, que é um grande importador de etanol. A expectativa é de que a produção da empresa atenda 24% da demanda do estado.

“Esta é uma nova etapa que materializa mais um passo em direção da realização de nosso propósito de liderar a renovação energética para criar um futuro sustentável”, afirma Zat.

O mercado de biocombustíveis vive uma fase de crescimento acelerado no Brasil. De acordo com a União Nacional do Etanol de Milho (Unem), o país conta atualmente com 25 biorrefinarias em operação, dez projetos autorizados para construção pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e outras 20 unidades programadas.

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Repórter estagiário no Money Times, graduando em jornalismo pela Universidade de São Paulo (USP). Cobre empresas, mercados e agronegócio desde 2024.
gustavo.silva@moneytimes.com.br
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